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Grã-Bretanha corta gastos e eleva idade de aposentadorias

País vai aumentar para 66 anos idade da aposentadoria e cortar quase 500 mil empregos públicos

O aumento da idade para aposentadoria é uma tentativa do Reino Unido diminuir seu déficit orçamentário (Arquivo)

O aumento da idade para aposentadoria é uma tentativa do Reino Unido diminuir seu déficit orçamentário (Arquivo)

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Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2010 às 12h42.

Londres - O governo britânico anunciou nesta quarta-feira que irá cortar quase meio milhão de empregos do setor público, elevar a idade de aposentadoria e reduzir os benefícios sociais como parte da maior contenção de gastos em décadas.

Após meses de negociações, o ministro das Finanças conservador George Osborne confirmou que manterá quase todos os cortes de gastos anunciados no Orçamento de junho.

Porém, Osborne disse que o gasto de capital anual terá cerca de 2 bilhões de libras a mais que o descrito no Orçamento, somando 51 bilhões de libras no ano que vem, seguido por 49 bilhões, depois 46 bilhões e em seguida 47 bilhões de libras em 2014/2015.

Os economistas estão divididos entre aqueles que acreditam que a ação drástica é necessária e aqueles que argumentam que ela levará a Grã-Bretanha de volta à recessão. Quase todos concordam, no entanto, que o crescimento econômico irá desacelerar e que o Banco da Inglaterra terá de manter a política monetária afrouxada no futuro próximo.

Osbourne disse que a idade de aposentadoria para homens e mulheres aumentará para 66 anos até 2020. "Elevar a idade de aposentadoria estatal é o que muitos países estão fazendo agora, e, até o fim do próximo Parlamento, economizará mais de 5 bilhões de libras por ano."

Ele disse que também cortará mais 7 bilhões de libras do orçamento dos benefícios sociais, além da redução de 11 bilhões de libras anunciada em junho. Cerca de 490 mil postos de trabalho do setor público devem ser eliminados nos próximos quatro anos.

O governo britânico deve enfrentar descontentamento da população, mas Osborne disse que não há escolha para reduzir o déficit orçamentário recorde de 11 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) -- o maior do G7 --- para cerca de 2 por cento em 5 anos, num aperto fiscal de cerca de 113 bilhões de libras. Um quarto das economias virá de aumento de impostos.

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