Ebola: maior prioridade da missão da ONU é receber centenas de profissionais de saúde (Ted Aljibe/AFP)
Da Redação
Publicado em 27 de outubro de 2014 às 13h11.
Accra - Os governos têm que evitar qualquer atitude que possa restringir viagens de profissionais de saúde muito necessários na África Ocidental para enfrentar o ebola, disse nesta segunda-feira o chefe da missão da ONU contra o vírus, acrescentando que decisões sobre quarentena não devem ser baseadas na histeria.
Os Estados norte-americanos de Nova York, Nova Jersey e Illinois emitiram novas regras sobre quarentena para pessoas que voltam da África Ocidental em resposta a temores de que as diretrizes federais dos EUA não são suficientes para conter o surto concentrado em Guiné, Libéria e Serra Leoa.
Uma enfermeira deixada em quarentena após voltar de Serra Leoa criticou no domingo o fato de ter sido posta em isolamento, e disse que não representava qualquer ameaça de contaminação.
"As decisões (sobre quarentena) devem ter como base a ciência e os fatos, e não um exagero ou uma histeria, e as decisões devem ser tomadas de forma a promover a mais rápida e efetiva resposta possível à crise de Ebola na África Ocidental", disse à Reuters Anthony Banbury, chefe da Missão da ONU para a Resposta de Emergência ao Ebola.
"Qualquer coisa que possa dissuadir pessoas do exterior treinadas a vir aqui para a África Ocidental se juntar a nós na linha de frente do combate seria muito, muito infeliz", acrescentou, em entrevista.
Banbury disse que a maior prioridade da missão é receber centenas de profissionais de saúde.