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Governo ucraniano nega que planeje adotar estado de exceção

Violentos enfrentamentos entre policiais e manifestantes ocorreram ontem, deixando quase 200 feridos hospitalizados

Manifestantes e policiais se enfrentam durante protestos na Ucrânia (REUTERS/Gleb Garanich)

Manifestantes e policiais se enfrentam durante protestos na Ucrânia (REUTERS/Gleb Garanich)

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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2013 às 06h53.

Kiev - O governo da Ucrânia negou nesta segunda-feira que planeje implantar o estado de exceção no país devido aos protestos da oposição e os violentos enfrentamentos que ocorreram ontem em Kiev e que deixaram quase 200 feridos hospitalizados, entre policiais e manifestantes.

"As autoridades não pensam em decretar o estado de exceção no país", disse à agência "Interfax" o porta-voz do Gabinete dos Ministros, Vitali Lukianenko.

No início da manhã de hoje os opositores bloquearam todos os acessos à sede do governo ucraniano, por isso os funcionários não puderam chegar em seus postos de trabalho.

Lukianenko não informou se o primeiro-ministro, Nikolai Azarov, cujo cargo está sendo pedido pelos opositores, conseguiu chegar ao seu gabinete.

Milhares de manifestantes passaram a noite na Praça da Independência, onde levantaram barricadas para impedir uma eventual tentativa de despejo da polícia.

Segundo a prefeitura de Kiev, um total de 190 pessoas foram hospitalizadas após os violentos enfrentamentos registrados ontem junto ao complexo de edifícios governamentais.

A oposição denunciou que os ataques foram realizados por grupos de provocadores para dar pretexto às autoridades para reprimir os protestos pacíficas, que reuniram ontem até meio milhão de pessoas no centro de Kiev.

A concentração de domingo foi o maior ato desde que eclodiram os protestos pela decisão do governo ucraniano de renunciar à assinatura do Acordo de Associação com a União Europeia. 

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