Turquia: maioria de envolvidos em onda de demissões é acusada de vínculo com Fethullah Gülen
EFE
Publicado em 23 de janeiro de 2017 às 11h44.
Ancara - O governo da Turquia emitiu nesta segunda-feira um decreto encerrando as atividades de dois canais de televisão e despedido 367 funcionários por colocarem em perigo a segurança nacional, informou a agência de notícias "Anadolu".
O decreto, publicado no Diário Oficial do Estado, anunciou também a criação de uma Comissão de Investigação do Estado de Emergência, em vigor desde julho de 2016, para tratar dos casos de funcionários demitidos mediante decreto.
A maioria deles é do Ministério do Interior, principalmente de governos municipais e funcionários da Direção de Assuntos Religiosos.
O mesmo decreto que informou sobre as demissões, readmitiu 124 funcionários públicos expulsos em decretos anteriores.
Além das baixas, o documento determinou o fechamento do "Kanal 12" e do "On4 TV", dois canais locais de televisão fechados por "trabalhar contra a segurança nacional do Estado" e sua propriedade foi transferida ao Tesouro Nacional. Os sites dos dois canais já estão fora do ar.
Após declarar Estado de Emergência cinco dias depois da tentativa de golpe de Estado em 15 de julho, o governo turco despediu milhares de funcionários e fechou centenas de organizações, incluindo vários veículos de comunicação.
A maioria de envolvidos é acusado de vínculo com o teólogo Fethullah Gülen, em exílio voluntário nos Estados Unidos.