O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan pediu aos cidadãos que "não entrem nos edifícios que sofreram danos", para evitar novas mortes (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 24 de outubro de 2011 às 08h39.
Istambul - Pelo menos 217 pessoas morreram e outras 1090 ficaram feridas no terremoto de 7,2 graus de magnitude na escala aberta de Richter que neste domingo sacudiu o leste da Turquia, segundo uma nova apuração divulgada pelo ministro do Interior, Idris Naeem Sahin.
Na cidade de Van, morreram cem pessoas e 117 no distrito de Ercis, disse o ministro, embora tenha assegurado que ainda há muitas pessoas sob os escombros e que existe muita preocupação com vários povoados da região que ficaram totalmente destruídos.
Só em Ercis, pelo menos 55 prédios ficaram totalmente destruídos, muitos deles blocos de apartamentos.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan pediu aos cidadãos que 'não entrem nos edifícios que sofreram danos', devido ao perigo de continuarem acontecendo réplicas, como a de 5,7 graus registrada às 20h45 (horário local, 18h45 de Brasília), dez horas depois do tremor principal.
Erdogan assegurou que os trabalhos de resgate continuarão toda a noite.
O primeiro-ministro informou que serão instaladas casas portáteis e tendas de campanha para acolher aqueles que perderam seus lares para protegê-los das baixas temperaturas.
'Não deixaremos nossos cidadãos sozinhos no frio do inverno', prometeu o primeiro-ministro.
Erdogan também agradeceu o apoio de diferentes países, como Azerbaijão, Bulgária e Irã, e de outros Estados que também se comprometeram a ajudar nos trabalhos de salvamento.
O epicentro do terremoto aconteceu a apenas cinco quilômetros de profundidade, o que fez com que seus efeitos na superfície equivalessem ao de um tremor de 8 ou 9 graus de magnitude, como informaram os analistas do Centro Sismográfico Kandilli da Universidade do Bósforo, em Istambul.
O professor Mustafa Erdik, diretor do centro Kandilli, estimou que cerca de 4.000 prédios podem ter ficado danificados, 600 deles de forma irreversível, e que umas 50 construções desabaram completamente.
Além disso, calculou que entre 700 e mil pessoas podem ter morrido na tragédia.