Presidente da Turquia, Tayyip Erdogan: cerca de 300 guardas presidenciais também tiveram mandados de prisão decretados (Umit Bektas/REUTERS)
Da Redação
Publicado em 23 de julho de 2016 às 13h26.
O ministro do Interior da Turquia, Efkan Ala, informou que 10.856 pessoas tiveram seus passaportes confiscados, fazendo com que os cidadãos fiquem impedidos de deixar o país.
Além disso, Ala afirmou ontem (22) que dos 10.607 turcos presos desde a última sexta-feira (15), 4.496 tiveram prisões autorizadas pela Justiça.
Cerca de 300 guardas presidenciais também tiveram mandados de prisão decretados por, supostamente, apoiarem o golpe contra Erdogan.
Na quinta-feira (21), o governo de Ancara anunciou que suspendeu a Convenção Europeia de Direitos Humanos – o que permitiria a reativação da pena de morte na Turquia, algo proibido pelo documento a não ser em período de grandes guerras.
Tentativa de golpe
Na noite de 15 de julho, um grupo de insurgentes turcos promoveu uma tentativa de golpe de Estado militar no país. Os principais confrontos ocorreram em Ancara e em Istambul.
O governo da Turquia declarou que 190 civis morreram, além de 100 militares. Segundo dados oficiais, 1,5 mil pessoas ficaram feridas. Na noite de quinta-feira (20), o governo turco anunciou estado de emergência pelos próximos três meses.