O presidente americano Donald Trump (Jonathan Ernst/Reuters)
Reuters
Publicado em 4 de março de 2017 às 18h22.
WASHINGTON - O diretor de orçamento da Casa Branca confirmou neste sábado que a administração Trump irá propor "reduções dramáticas" no orçamento de ajuda externa dos Estados Unidos, no fim deste mês.
A Reuters e outros veículos de imprensa noticiaram nesta semana que a administração planeja propor ao Congresso cortes de cerca de um terço nos orçamentos do Departamento de Estado e da Agência para o Desenvolvimento Internacional.
"Vamos propor a redução em ajuda externa e vamos propor gastar este dinheiro aqui", disse o diretor de Orçamento da Casa Branca, Mick Mulvaney, à Fox News, no sábado, acrescentando que os cortes propostos incluem "reduções dramáticas na ajuda externa".
Mulvaney disse que os cortes na ajuda externa auxiliariam a administração a financiar a expansão proposta de 54 bilhões de dólares do orçamento militar norte-americano.
"A mensagem é bem objetiva: menos dinheiro gasto em outros países significa mais dinheiro gasto aqui", disse.
Os Estados Unidos gastam um pouco mais de 50 bilhões de dólares anualmente com o Departamento de Estado e a Usaid, em comparação com 600 bilhões de dólares ou mais, cada ano, com o Pentágono.
Vários republicanos esta semana no Congresso levantaram preocupações sobre os planos de cortar recursos do Departamento de Estado.
"Estou muito preocupado com reportagens de profundos cortes que podem prejudicar os esforços para combater o terrorismo, salvar vidas e criar oportunidades para trabalhadores americanos", disse o deputado republicano Ed Royce, presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara.
Um site do governo norte-americano disse que 20 agências governamentais planejam conceder 36,5 bilhões de dólares em programas de assistência externa em mais de 100 países ao redor do mundo durante o atual ano orçamentário.
O senador Marco Rubio, republicano da Flórida, tuitou mais cedo nesta semana: "Ajuda externa não é caridade. Precisamos assegurar que é bem gasta, mas custa menos de 1 por cento do orçamento e é crítica para nossa segurança nacional".
A Reuters tem noticiado planos da administração de cortes significativos em outros programas domésticos.