Donald Trump: sua afirmação veio como resposta a uma reportagem do jornal The Washington Post (Pool/Getty Images)
AFP
Publicado em 25 de julho de 2017 às 11h52.
Última atualização em 25 de julho de 2017 às 11h56.
O presidente americano, Donald Trump, anunciou o fim do programa de ajuda aos rebeldes sírios que lutam contra o governo Bashar al-Assad por ser "enorme, perigoso e dispendioso".
Os comentários do presidente surgem depois de o chefe de operações especiais, general Tony Thomas, ter confirmado que o programa de quatro anos de existência foi encerrado. O general negou, porém, que a decisão tenha sido motivada pelo desejo de apaziguar a Rússia, aliada do governo Al-Assad.
No Twitter, Trump escreveu que o jornal The Washington Post "fabricou os fatos sobre meu cancelamento dos enormes, perigosos e dispendiosos pagamentos aos rebeldes sírios que lutam contra Assad...". O tuíte seria uma resposta à matéria do Post "Cooperação com Rússia se torna central para estratégia de Trump na Síria".
The Amazon Washington Post fabricated the facts on my ending massive, dangerous, and wasteful payments to Syrian rebels fighting Assad.....
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) July 25, 2017
A matéria cita fontes anônimas, segundo as quais "os Estados Unidos e seus representantes concederiam a Assad o controle da maior parte do centro e do sul da Síria".
Em troca, Moscou e seus aliados deixariam o caminho aberto para as operações da coalizão liderada pelos Estados Unidos contra o grupo Estado Islâmico (EI).
Estados Unidos e Rússia chegaram a um acordo quanto a uma desescalada do conflito em zonas no sul da Síria durante o primeiro encontro de Trump com seu colega russo, Vladimir Putin, em paralelo à cúpula do G20 em Hamburgo, na Alemanha, no início de julho.
O ex-presidente Barack Obama aprovou o programa de ajuda aos rebeldes sírios em 2013, quando vários grupos insurgentes buscavam apoio externo para sua revolta contra o governo Bashar al-Assad. Milhares de combatentes foram treinados e armados.