Homem com bandeira da Tailândia durante um protesto: governo rejeitou adiamento que pedia a Comissão Eleitoral diante do risco de um aumento da violência (Paula Bronstein/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 28 de janeiro de 2014 às 09h33.
Bangcoc - O governo da Tailândia reiterou nesta terça-feira sua intenção de realizar as eleições gerais convocadas para 2 de fevereiro após descartar o adiamento que pedia a Comissão Eleitoral diante do risco de um aumento da violência.
"O governo considera que o adiamento das eleições não resolveria os problemas. Em consequência, as eleições acontecerão em 2 de fevereiro, assim como estava previsto", disse em entrevista coletiva o vice-primeiro-ministro, Phongthep Thepkanjana.
A primeira-ministra, Yingluck Shinawatra, tomou a decisão depois de se reunir com os membros da comissão, que há semanas reivindicam que a votação seja adiada devido ao clima de tensão política causado pelos protestos antigoverno.
O comissário encarregado da organização do pleito, Somchai Srisuthiyakorn, disse, antes do encontro com o governo, que as eleições deveriam propor entre três e quatro meses para que todas as partes reconduzam o conflito político.
A reunião aconteceu depois que o Tribunal Constitucional considerasse legal e de acordo com a Carta Magna um adiamento se fosse estipulado pelo governo e a Comissão Eleitoral.
No domingo, manifestantes antigoverno boicotaram a votação antecipada para as eleições ao bloquear os acessos a colégios eleitorais de Bangcoc e de várias províncias do sul do país.
Pelo menos 440 mil pessoas dos 2 milhões que se tinha registrado para o voto antecipado se ficaram sem depositar sua cédula nas urnas, segundo os dados da Comissão Eleitoral.
Cerca de 20 partidos concorrerão às eleições de domingo às quais não concorrerá o principal partido da oposição, o Partido Democrata, que as boicota.