Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 9 de junho de 2013 às 10h10.
Johanesburgo - O ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela continua internado neste domingo, enquanto o governo do país se mantém em silêncio absoluto sobre seu estado de saúde e o país reza nas igrejas por sua recuperação.
Mandela, de 94 anos, foi hospitalizado ontem na cidade de Pretória 'em estado grave, mas estável' devido à recaída de uma infecção pulmonar.
'A Presidência disse que emitirá um comunicado sobre a saúde do ex-presidente Nelson Mandela no domingo à tarde', disse a emissora de rádio local 'Eyewitness News', uma informação corroborada também pela rede de televisão estatal 'SABC'.
O porta-voz da Presidência, Mac Maharaj, afirmou ontem que Mandela respira sem ajuda de aparelhos, o que considerou um 'bom sinal'.
Enquanto isso, muitos sul-africanos aproveitaram hoje cultos religiosos dominicais para rezar por seu venerado herói, que lutou contra o regime de segregação racial do apartheid, imposto pela minoria branca do país até 1994.
O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, pediu ontem a seus compatriotas que dedicassem suas orações a Madiba, como Mandela é chamado popularmente em seu país.
'Nosso presidente Madiba deve se recuperar rapidamente. Nós também devemos rezar por ele', disse um emocionado Zuma, citado pelo jornal sul-africano 'City Press', em reunião de membros de seu partido, o Congresso Nacional Africano (CNA).
Esta é a quarta vez desde dezembro do ano passado que Mandela é internado. O ex-presidente já teve passagem pelo hospital em março devido ao mesmo problema de saúde de agora e recebeu tratamento intensivamo durante dez dias, até receber alta em 6 de abril.
Nelson Mandela lutou durante 67 anos contra o regime de segregação racial do 'apartheid'.
Após passar 27 anos na prisão, Madiba recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1993 e se tornou, um ano depois, o primeiro presidente negro da história da África do Sul.
Mandela vive entre Johanesburgo e Qunu, a cidade do leste do país na qual passou sua infância, sob permanente monitoramento medico.
Sua última aparição pública aconteceu na cerimônia de encerramento da Copa do Mundo de 2010, realizada na África do Sul.