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Governo sírio teria usado gás neurotóxico em quatro ataques

Para relatório, há "tendência clara" da utilização de armas químicas que poderiam custar ao governo sírio acusações de crimes contra a humanidade

Corpo de vítima de suposto ataque químico: organização entrevistou 60 testemunhas e estudou as fotos e os vídeos do suposto ataque a Khan Sheikhun em 4 de abril (Ammar Abdullah/Reuters)

Corpo de vítima de suposto ataque químico: organização entrevistou 60 testemunhas e estudou as fotos e os vídeos do suposto ataque a Khan Sheikhun em 4 de abril (Ammar Abdullah/Reuters)

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AFP

Publicado em 1 de maio de 2017 às 17h02.

O exército sírio utilizou gás neurotóxico em supostos ataques a Khan Sheikhun e também em outras três ofensivas atribuídas ao regime, denunciou nesta segunda-feira a organização Human Rights Watch (HRW).

Há uma "tendência clara" da utilização de armas químicas que poderiam custar ao governo sírio acusações de crimes contra a humanidade, de acordo com um relatório desta organização de defesa dos direitos humanos com sede em Nova York.

As forças do presidente sírio, Bashar al-Assad, lançaram progressivamente ataques de cloro e começaram a utilizar foguetes de cloro nos combates próximos a Damasco, acrescentou.

"A utilização pelo governo sírio de gás neurotóxico aumenta [o número de] mortes - e a tendência é clara", declarou Kenneth Roth, diretor-geral da ONG.

"Ao longo dos últimos meses, o governo utilizou os aviões, os helicópteros e os soldados no terreno para dispersar cloro e gás sarin em Damasco, Hama, Idlib e Aleppo", indicou.

"Trata-se de uma prática generalizada e sistemática [de uso] das armas químicas", acrescentou o diretor da HRW.

A organização entrevistou 60 testemunhas e estudou as fotos e os vídeos do suposto ataque a Khan Sheikhun em 4 de abril, que provocou a morte de 87 pessoas, e de outros ataques neurotóxicos em dezembro de 2016 e de março de 2017.

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