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Governo sérvio pede dissolução do Parlamento para eleições

Governo sérvio solicitou a dissolução do Parlamento, depois que a principal formação da coalizão no poder pediu eleições antecipadas


	Sérvia: dissolução do Parlamento se propõe "para que os cidadãos possam se pronunciar sobre a futura política", segundo comunicado
 (Getty Images)

Sérvia: dissolução do Parlamento se propõe "para que os cidadãos possam se pronunciar sobre a futura política", segundo comunicado (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2014 às 12h22.

Belgrado - O governo sérvio solicitou nesta terça-feira ao chefe do Estado a dissolução do Parlamento, depois que a principal formação da coalizão no poder, o Partido Progressista Sérvio (SNS), pediu eleições antecipadas em março.

Segundo o comunicado oficial emitido após uma sessão do governo, a dissolução do Parlamento se propõe "para que os cidadãos possam se pronunciar sobre a futura política e para que se ganhe um amplo apoio para acelerar as reformas e a modernização da sociedade".

Espera-se que o presidente da Sérvia, Tomislav Nikolic, convoque ainda amanhã as eleições parlamentares para 16 de março.

O SNS, liderado pelo vice-primeiro-ministro Aleksandar Vucic, o político mais popular do país, anunciou no fim de semana passado eleições antecipadas, dois anos antes do previsto.

A opção de antecipar as eleições há meses domina o debate político na Sérvia, bloqueando qualquer tentativa de acelerar as reformas no país, que no último dia 21 de janeiro iniciou as negociações de entrada na União Europeia (UE).

A decisão sobre a realização de eleições na Sérvia põe fim à coalizão entre o SNS e o Partido Socialista da Sérvia do primeiro-ministro, Ivica Dacic, formada em julho de 2012.

O Executivo levou a Sérvia às negociações de ingresso na UE, um prêmio ao acordo de normalização das relações com o Kosovo, sua antiga província sérvia que se autoproclamou independente em 2008.

No entanto, a coalizão conseguiu pouco ou nada na hora de reformar a economia, acossada por um desemprego que beira os 25% e uma recessão que já dura anos.

As últimas pesquisas de opinião dão ao SNS mais de 40% de apoio, quase o dobro do das eleições do ano 2012, popularidade que tentarão capitalizar nas próximas eleições.

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