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Da Redação
Publicado em 2 de outubro de 2014 às 13h33.
Ramala - O governo palestino de reconciliação nacional apresentou nesta sexta-feira um plano para a reconstrução de Gaza no valor de US$ 4 bilhões, cujo objetivo é ajudar na situação humanitária e basear o desenvolvimento sustentável futuro.
O plano foi elaborado pelo Alto Comitê Interministerial para a Reconstrução da Faixa, e pretende mobilizar recursos e coordenar esforços junto à conferência de doadores, prevista para o próximo domingo no Cairo.
"O governo não vai aceitar nunca mais o isolamento e a repressão de nosso povo em Gaza. Gaza é parte integral do Estado da Palestina e sua porta ao Mediterrâneo. Seu desenvolvimento é crucial para a visibilidade do Estado palestino. Não há dúvida de que o sucesso do governo na reconstrução de Gaza é chave para garantir a estabilidade da Faixa, da Palestina e da região", explicou em comunicado a imprensa Mohamad Mustafa, diretor do comitê.
De acordo com o texto, o plano foi elaborado com base na pesquisa preliminar realizada pelos ministros e as agências em Gaza, com o apoio de diversas organizações locais e internacionais.
"A pesquisa tomou como referência a situação prévia à ofensiva (israelense de julho e agosto deste ano) e o longo bloqueio imposto à Faixa. Sua intenção é realizar a transição a partir da ajuda humanitária ao desenvolvimento sustentável", informou a nota.
"O assunto mais importante é a moradia", ressaltou Mustafa, que afirmou que "é esperado um inverno muito duro que chegará em algumas semanas. Aproximadamente, 110 mil pessoas ainda estão deslocadas esperando uma solução digna".
"Uma vez concluído este conflito, o governo colocará US$ 700 milhões para oferecer maiores prestações sociais na saúde, ajuda psicológica e educação", destacou no comunicado.
Mais de 2.100 pessoas morreram e mais de 11 mil ficaram feridas, a grande maioria de civis palestinos, durante os 50 dias de bombardeios israelenses por terra, mar e ar sobre Gaza. Além disso, 69 israelenses - 66 deles soldados - e um trabalhador asiático morreram por conta dos milhares de projéteis lançados pelas milícias palestinas a partir da Faixa.
Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 400 mil palestinos se viram obrigados a abandonar suas casas pelos bombardeios, um quarto ainda não pôde voltar. Mais de sete mil edifícios e casas foram destruídos.