Presídio na Rússia onde estão ativistas: 30 ativistas e o capitão da embarcação permanecem em prisão preventiva há quase um mês (Greenpeace/AFP)
Da Redação
Publicado em 15 de outubro de 2013 às 12h24.
Bruxelas - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, defendeu nesta terça-feira que a justiça deve seguir seu curso no caso dos ativistas do navio "Arctic Sunrise", do Greenpeace, detidos na Rússia, e garantiu que Moscou não vai interferir nesse processo.
"A justiça deve seguir seu curso e não se deve interferir", afirmou Lavrov em entrevista coletiva depois de se reunir com o chanceler da Bélgica, Didier Reynders.
O ministro russo ressaltou que seu governo não se intrometerá na investigação em curso pela suposta violação de várias normas internacionais e russas por parte dos detidos, entre eles a bióloga brasileira Ana Paula Maciel, que são acusados de pirataria e podem ser condenados a até 15 anos de prisão.
Além disso, Lavrov lembrou que Moscou se dirigiu em várias ocasiões à Holanda, país cuja bandeira estava hasteada no navio "Artic Sunrise", por causa das ações ilegais da embarcação e que não recebeu respostas.
O governo holandês anunciou no dia 4 de outubro o início de um processo de arbitragem contra a Rússia, baseado em tratados sobre o Direito do Mar, para conseguir a libertação dos ativistas, que tiveram seus pedidos para sair da prisão negados.
No total, 30 ativistas e o capitão da embarcação permanecem em prisão preventiva há quase um mês, quando o navio foi interceptado pela guarda de fronteiras russa durante protesto contra a exploração petrolífera no Ártico.