Na manhã de ontem, a CSN informou o Inea sobre o vazamento, que teria durado cerca de 30 minutos (Bia Parreiras/EXAME)
Da Redação
Publicado em 27 de janeiro de 2012 às 17h27.
Rio de Janeiro – O Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (Inea) vai multar a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) pelo vazamento de óleo petroquímico no Rio Paraíba do Sul, em Volta Redonda, sul fluminense, ocorrido na madrugada de ontem. A secretária do Inea, Marilene Ramos, informou hoje que os técnicos do instituto percorreram o rio até a captação de água do Pinheiral, em Barra do Piraí, e não identificaram contaminação das águas.
“Hoje emitimos um laudo de constatação e ainda estamos avaliando o valor da multa, porque dependerá ainda do relatório final da equipe que foi a campo", disse a secretária.
"As causas ainda estão sendo apuradas. Sabe-se que o acidente ocorreu durante uma manutenção na área carboquímica e que houve o vazamento através de uma mangueira, mas teoricamente esse vazamento não deveria ter atingido o reservatório principal da usina e estamos tentando entender como isso aconteceu”, completou.
Na manhã de ontem, a CSN informou o Inea sobre o vazamento, que teria durado cerca de 30 minutos, e que o óleo estava localizado em duas torres de resfriamento com capacidade para armazenar 15 litros cada uma. A empresa informou ainda que o óleo utilizado para retirada de gás na coqueria da usina de benzol misturou-se à água de resfriamento e permaneceu retido nas barreiras do emissário principal da usina que leva a água ao rio.
Os técnicos do Inea realizaram hoje uma inspeção de rotina nas obras que fazem parte do Termo de Ajustamento de Conduta firmado entre a empresa e o governo do estado há mais de um ano. Eles retiraram amostras para analisar a toxicidade e o tipo de óleo. “O que resultou no Paraíba foi um pequeno filme que se dissipou ainda no trecho de Volta Redonda.”
O Rio Paraíba do Sul nasce na Serra da Bocaina, em São Paulo, passa pelo Rio de Janeiro e termina em Minas Gerais.
A CSN é a maior indústria siderúrgica do Brasil e da América Latina e uma das maiores do mundo. Criada em 1946, na gestão do então presidente Getúlio Vargas, a empresa foi privatizada em 1993 no governo de Itamar Franco.