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Governo Milei tem 47,7% de aprovação e 47,6% de rejeição, diz pesquisa AtlasIntel

Estudo mostra que o presidente tem mais apoio entre os homens, os jovens e argentinos de renda mais alta

Javier Milei, presidente da Argentina, no dia da posse (Emiliano Lasalvia/AFP)

Javier Milei, presidente da Argentina, no dia da posse (Emiliano Lasalvia/AFP)

Rafael Balago
Rafael Balago

Repórter de macroeconomia

Publicado em 19 de março de 2024 às 19h04.

Última atualização em 19 de março de 2024 às 19h09.

O presidente da Argentina, Javier Milei, tem empate técnico entre suas taxas de aprovação e rejeição, mostra pesquisa AtlasIntel divulgada nesta terça, 19.

O levantamento aponta que 47,7% dos argentinos aprovam a gestão de Milei, enquanto 47,6% a desaprovam. A situação configura um empate técnico, pois a diferença está dentro da margem de erro da pesquisa, de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

A pesquisa ouviu 2.238 pessoas na Argentina, entre os dias 15 e 18 de março. Nesta terça, 19, Milei completou 100 dias de governo

A aprovação de Milei é maior entre os homens (54,2% o avaliam bem), entre os jovens de 16 a 24 anos (50,2% de aprovação) e os maiores de 60 anos (56,3% o aprovam).

No recorte por formação escolar, o libertário tem mais apoio entre os argentinos que têm apenas educação primária (61,1%). Na divisão por renda, seu apoio mais expressivo vem na faixa mais alta, com 56,3% de apoio entre os que ganham mais de 500 mil pesos (cerca de R$ 3 mil), a faixa de renda mais alta na pesquisa.

Já entre as regiões, o presidente tem taxas de reprovação maiores na capital Buenos Aires (55,3% de rejeição) e na Grande Buenos Aires (53,4% de respostas negativas). Essas regiões estão entre as mais populosas do país. Milei tem melhor aprovação em áreas do interior.

Aprovação de Milei por temas

Ao serem perguntados sobre como avaliavam a atuação de Milei em diversas áreas, transparência e luta contra a corrupção foi o tema em que mais pessoas, 42%, classificaram o governo como excelente. Em seguida, veio gestão econômica e responsabilidade fiscal, com 38% dos entrevistados considerando a atuação como excelente.

Já as políticas para emprego e redução da pobreza, além da gestão da saúde, tiveram a pior avaliação: 48% consideraram Milei péssimo nessas áreas.

O estudo também perguntou a opinião dos entrevistados sobre a imagem dos políticos. Milei tem imagem positiva para 47%, e negativa para 51%. O ex-presidente Alberto Fernández teve a pior rejeição, com 84%.

Entre os ministros de Milei, a chefe da pasta da Segurança, Patrícia Bullrich, é a melhor avaliada, com 50% de menções positivas, e 48% de negativas. O ministro da Economia, Luis Caputo, soma 43% de aprovação e 53% de rejeição.

Perguntados sobre como veem a economia do país, 88% disseram ver a Argentina em má situação, sendo que 57% dizem que a situação da própria família está ruim. Dentre todos, 47% dizem acreditar que a situação vai piorar nos próximos seis meses.

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