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Governo livra Zuma de acusações sobre uso de fundos públicos

Relatório do governo sul-africano livrou o presidente do país, Jacob Zuma, das acusações de ter utilizado fundos públicos para remodelar sua residência privada


	Jacob Zuma, presidente da África do Sul: relatório foi muito criticado pela oposição e pela imprensa local
 (Stephane de Sakutin/AFP)

Jacob Zuma, presidente da África do Sul: relatório foi muito criticado pela oposição e pela imprensa local (Stephane de Sakutin/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de dezembro de 2013 às 12h14.

Johanesburgo - Um relatório do governo sul-africano livrou o presidente do país, Jacob Zuma, das acusações de ter utilizado fundos públicos para remodelar sua residência privada em Nkandla, na província de Kwazulu-Natal, informou nesta sexta-feira o jornal "The Citizen".

"As acusações de que o presidente usou fundos do Estado para construir e remodelar proriedades pessoais são infundadas", disse ontem o ministro de Obras Públicas, Thulas Nxesi, durante a apresentação do documento.

Nxesi afirmou também que não foi Zuma quem pediu as reformas, que teriam sido recomendações da polícia e do exército sul-africanos.

O relatório, muito criticado pela oposição e pela imprensa local, foi publicado três semanas depois da divulgação do conteúdo do relatório provisório da Defensora do Povo, Thuli Mandonsela, sobre o escândalo.

Segundo Mandonsela, Zuma teria incluído nas despesas de segurança - pagas pelo Estado - a construção de uma piscina, um curral para o gado e casas para parentes.

A porta-voz parlamentar da Aliança Democrática (DA, por sua sigla em inglês, e principal partido opositor), Lindiwe Mazibuko, qualificou o relatório governamental de "insulto a todos os sul-africanos".

Mazibuko nomeou de "ridículas" algumas das argumentações do documento, como "a tentativa de explicar (a construção de) um curral".

O escândalo de Nkandla colocou Zuma em foco poucos meses antes das eleições, que acontecerão entre abril e julho de 2014, onde pretende renovar seu mandato.

Zuma foi repetidamente vaiado pelo público que assistiu a cerimônia religiosa oficial em memória do ex-presidente Nelson Mandela no estádio FNB (antigo Soccer City), em Johanesburgo, em 10 de dezembro, e entre eles estavam muitos simpatizantes do Congresso Nacional Africano (CNA) liderado pelo presidente.

Esta semana, o novo líder do sindicato metalúrgico Numsa - principal membro da central sindical COSATU, a primeira do país e parceira do CNA - pediu a renúncia de Zuma depois da polêmica de Nkandla.

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