Gênova: acidente aconteceu por volta do meio-dia (7h em Brasília), por causas que ainda desconhecidas (Stefano Rellandini/Reuters)
EFE
Publicado em 14 de agosto de 2018 às 15h44.
Roma - O governo italiano exigiu respostas sobre a queda de um trecho de uma ponte na cidade de Gênova, que deixou um número ainda indefinido de mortos, um fato que gerou um debate sobre o estado das estradas do país.
O balanço provisório é de 30 mortos e dezenas de feridos graves, de acordo com o ministro de Interior italiano, Matteo Salvini.
"Como italiano, farei tudo o que estiver na minha mão para ter nomes e sobrenomes dos responsáveis passados e presentes, porque é inaceitável que na Itália se morra assim", declarou Salvini.
Na mesma linha se mostraram outros membros do Executivo, formado pelo Movimento Cinco Estrelas (M5S) e pela Liga, como o ministro de Infraestruturas, Danilo Toninelli, que afirmou que "todos os responsáveis pagarão".
O acidente aconteceu por volta do meio-dia (7h em Brasília), por causas que ainda desconhecidas e que deverão ser esclarecida em uma investigação que começará nas próximas horas. No entanto, o estado das estradas já é um assunto aberto, e sobre isso Toninelli destacou em entrevista ao canal "Sky" que a via era gerida pela empresa Autostrade per l'Italia, filial da Atlantia.
"A Autostrade per l'Italia tinha concessão do Estado para fazer a gestão e a manutenção desta estrada. A manutenção é absolutamente da Autostrade", insistiu.
Após o acidente, a concessionária italiana explicou em nota que estava trabalhando para consolidar a manutenção da estrutura e que, "como estava previsto, tinha instalado um ponte guindaste para permitir o desenvolvimento de atividades".
"Os trabalhos e o estado da ponte estavam sujeitos à constante observação das autoridades locais", indicou a companhia.
O ministro da Justiça, Alfonso Bonafede, descreveu o ocorrido como "verdadeira tragédia" e assegurou que "quem tiver que pagar, pagará".
Por sua vez, o presidente da região de Ligúria, Giovanni Toti, garantiu em nota que "a área está sob controle" e que o Corpo de Bombeiros "está avaliando o risco de novas quedas".
Atualmente, estão na região mais de 200 bombeiros, mas também médicos, equipes da Defesa Civil e da Guarda Municipal, que trabalham para retirar todos os escombros e salvar quem possa ter ficado entre as ferragens, o que é a prioridade, segundo as autoridades.