Mundo

Governo interrompe negociações até que PR volte atrás

"Estamos nos esforçando, mas com o clima posto pelos senadores [do PR], eu não tenho mais autoridade para continuar com essas tratativas" disse Eduardo Braga

Tido por adversários como uma pessoa autoritária, o novo líder do governo deixou claro que sempre foi "firme e duro" em suas conversas (Antonio Cruz/ABr)

Tido por adversários como uma pessoa autoritária, o novo líder do governo deixou claro que sempre foi "firme e duro" em suas conversas (Antonio Cruz/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de março de 2012 às 14h47.

Brasília - O governo não vai retomar as negociações com o PR enquanto a bancada no Senado mantiver a postura de oposição tomada na quarta-feira (14). A informação é do líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), que disse ter sido "surpeendido" pelo anúncio da bancada de sair da base aliada.

"Não dá para conversar nesses termos [ir para oposição por tratamento dispensado ao partido pelo Executivo]. Estamos nos esforçando, mas com o clima posto pelos senadores [do PR], eu não tenho mais autoridade para continuar com essas tratativas", disse o líder. Eduardo Braga acrescentou que conversou com o líder do partido, Blairo Maggi (MT), na quarta-feira pela manhã e acabou sendo surpreendido pela postura da bancada anunciada no fim do dia. "Tínhamos tratativas em andamento", disse.

Braga disse, ainda, que procurará Blairo Maggi para uma conversa. Segundo ele, o líder do PR "não deixou portas fechadas" para uma retomada das negociações sobre um eventual espaço do partido na Esplanada dos Ministérios. Essa é a maior reclamação da bancada rebelada. Maggi lembrou hoje que o PR conversou por nove meses com o governo, depois de perder o Ministério dos Transportes, sem qualquer retorno.

Tido por adversários como uma pessoa autoritária, o novo líder do governo deixou claro que sempre foi "firme e duro" em suas conversas. Entretanto, destacou que sabe ser humilde e pedir desculpas. "Tenho consciência das minhas limitações, mas também sei dizer não". Eduardo Braga disse que no exercício da função de líder pretende agir com total lealdade para com a presidenta Dilma Rousseff.

Sobre as relações entre o PMDB e o PT, os dois maiores partidos aliados do governo no Congresso, o parlamentar reconheceu que jamais haverá total alinhamento de posições. Ele comparou as relações partidárias com o relacionamento de marido e mulher, quando nem sempre ambos comungam do mesmo pensamento. Entre os peemdebistas, Braga disse que existe um movimento de pacificação interna em andamento. "O PMDB tem grande responsabilidade no governo e na governabilidade. Somos governo, temos o cargo de vice-presidente ocupado por Michel Temer".

Acompanhe tudo sobre:Crise políticaPartidos políticosPolítica no BrasilPR – Partido da RepúblicaPT – Partido dos TrabalhadoresSenado

Mais de Mundo

Corte Constitucional de Moçambique confirma vitória do partido governista nas eleições

Terremoto de magnitude 6,1 sacode leste de Cuba

Drones sobre bases militares dos EUA levantam preocupações sobre segurança nacional

Conheça os cinco empregos com as maiores taxas de acidentes fatais nos EUA