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Governo inaugura complexo eólico na Bahia

Com 184 aerogeradores, capazes de produzir 294,4 MW o complexo consumiu R$ 1,2 bilhão

Energia eólica: o Alto Sertão I, da Renova Energia, foi inaugurado na manhã desta segunda-feira (Getty Images)

Energia eólica: o Alto Sertão I, da Renova Energia, foi inaugurado na manhã desta segunda-feira (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de julho de 2012 às 18h30.

Salvador - Apontado como o maior complexo de produção de energia eólica da América Latina, com 14 parques distribuídos pelos municípios de Caetité, Igaporã e Guanambi, no sudoeste da Bahia, o Alto Sertão I, da Renova Energia, foi inaugurado na manhã desta segunda-feira, com um evento em Caetité, a 757 quilômetros de Salvador.

Com 184 aerogeradores, capazes de produzir 294,4 MW - segundo a empresa, volume suficiente para abastecer uma cidade com 540 mil residências -, o complexo consumiu R$ 1,2 bilhão, mas ainda não vai distribuir a energia gerada ao Sistema Integrado Nacional (SIN).

O problema está na instalação de 115 quilômetros da rede de transmissão no trecho entre os municípios de Igaporã e Bom Jesus da Lapa, a cargo da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), que não foi concluída. De acordo com informações da estatal, os trâmites para o licenciamento ambiental para a instalação da rede atrasaram a execução das obras, que foram liberadas no fim de abril. A expectativa é que a rede esteja funcionando apenas no ano que vem.

O atraso deve refletir em prejuízo para o governo federal, que se comprometeu, no contrato assinado no Leilão de Energias Renováveis de 2009, a pagar por uma parcela da energia gerada dentro do cronograma estabelecido - que está sendo cumprido pela Renova. A conta aos cofres públicos deve ultrapassar R$ 15 milhões mensais.

Apesar do contratempo, o governo baiano está confiante na consolidação do Estado como pólo de produção de energia eólica no País. Segundo dados da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração , a Bahia tem previsão de instalação de 57 projetos de energia eólica, com investimento total de R$ 6,5 bilhões, que vão acrescentar 1.418 MW à rede elétrica. Em janeiro, o Estado licenciou outros 133 projetos para implantação de complexos eólicos, que somam mais cerca de 3.200 MW de potência à rede.

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