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Governo filipino reitera que não pagará resgate de alemães

O governo voltou a afirmar que não pagará resgate para libertar os dois alemães sequestrados por grupo islamita


	Membros do grupo Abu Sayyaf: grupo ameaça decapitar um dos reféns amanhã
 (Romeo Gacad/AFP)

Membros do grupo Abu Sayyaf: grupo ameaça decapitar um dos reféns amanhã (Romeo Gacad/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2014 às 11h15.

Manila - O governo das Filipinas voltou a afirmar nesta quinta-feira que não pagará resgate para libertar os dois alemães sequestrados pelo grupo islamita filipino Abu Sayyaf, que ameaça decapitar um deles amanhã.

"O que queremos é garantir a libertação em condições seguras, mas reiteramos que não pagaremos resgate", afirmou o ministro das Comunicações, Herminio Coloma, em entrevista coletiva publicada pelo jornal "Sun Star".

Os rebeldes do Abu Sayyaf exigem US$ 5,6 milhões e que a Alemanha retire seu apoio à ofensiva aérea dos Estados Unidos contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) como condição para não decapitar um dos alemães amanhã, às 15h (horário local, 4h em Brasília).

"O governo filipino está se esforçando ao máximo para que os reféns alemães sejam libertados", acrescentou Coloma.

O exército enviou uma equipe militar especializada em rastreamento que se uniu aos sete batalhões que estão na ilha de Sulu, a cerca de 980 quilômetros ao sul de Manila, onde se acredita que estão escondidos os sequestradores.

O Abu Sayyaf divulgou ontem uma imagem em que mostrava o alemão Stefan Viktor Okonek, de 74 anos, sentado dentro do que supostamente será seu túmulo com as mãos amarradas nas costas e no fundo uma bandeira associada à rede terrorista Al Qaeda.

Okonek e sua mulher, Henrike Dielen, de 55 anos, foram sequestrados em abril deste ano no sudoeste das Filipinas, mas somente em 24 de setembro os islamitas passaram a ameaçar de morte os reféns caso não sejam cumpridas suas exigências. Ambas os reféns solicitaram ajuda publicamente tanto do governo alemão quanto do filipino e denunciaram as más condições em que se encontram em várias ocasiões.

Ontem, o Abu Sayyaf se mostrou disposto a anular o ultimato caso abram negociações com o ministro das Relações Exteriores filipino, Albert del Rosario, mas tanto a Alemanha quanto as Filipinas mantêm a política de não negociar com terroristas.

O grupo islamita, vinculado à Al Qaeda e formado por, aproximadamente, 400 rebeldes, tem ainda em seu poder um holandês e um suíço desde fevereiro de 2012, além de um guarda litorâneo malaio e uma mulher chinesa e sua filha.

Este bando foi criada em 1991 por ex-combatentes da guerra do Afeganistão contra a antiga União Soviética.

A eles são atribuídos alguns dos atentados mais sangrentos dos últimos anos nas Filipinas e vários sequestros, usados para se financiarem.

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