Mundo

Governo e rebeldes filipinos declaram cessar-fogo permanente

Compromisso será formalizado com assinatura de declaração por representantes de ambas as partes no hotel onde estiveram negociando desde segunda-feira passada


	Negociações: ambas as partes tinham expressado esperança de poder fechar um acordo a curto prazo
 (NTB Scanpix/Berit Roald/Reuters)

Negociações: ambas as partes tinham expressado esperança de poder fechar um acordo a curto prazo (NTB Scanpix/Berit Roald/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2016 às 09h22.

Copenhague - O governo filipino e a Frente Democrática Nacional das Filipinas (NDFP), que representa a rebelião comunista, acordaram em Oslo transformar em permanente o cessar-fogo unilateral declarado há cinco dias.

O compromisso será formalizado com a assinatura de uma declaração por representantes de ambas as partes às 9h GMT (6h, em Brasília) no hotel nos arredores de Oslo no qual estiveram negociando desde segunda-feira passada, informou o Ministério das Relações Exteriores da Noruega, país que exerce o papel de mediador nas conversas.

O ministro das Relações Exteriores norueguês, Børge Brende, estará presente durante o ato.

Transformar o cessar-fogo em permanente era um dos temas incluídos no programa que foi negociado em Oslo, junto com outras questões como uma anistia para os presos comunistas e a instauração de mecanismos que garantam o fim do enfrentamento.

Ambas as partes tinham expressado na segunda-feira, quando foi instalada a mesa de diálogo, esperança de poder fechar um acordo a curto prazo e o chefe da delegação governamental, Silvestre Belo, falou inclusive de um ano.

Desde que Rodrigo Duterte ganhou as eleições presidenciais filipinas em maio, o Executivo e os rebeldes comunistas aproximaram posturas e intercambiaram gestos de boa vontade.

O governo libertou 20 rebeldes, entre eles os líderes Benito e Wilma Tiamzon, presentes na mesa de Oslo, embora deverão retornar à prisão ao término das negociações.

À declaração de um cessar-fogo temporário por parte dos rebeldes o governo respondeu com uma medida similar, para criar um clima "positivo" que ajude à resolução de um conflito armado que em quase meio século tirou a vida a 30 mil pessoas.

As conversas de Oslo implicam retomar um processo estagnado desde a ruptura das anteriores negociações, em 2013, entre outros motivos pela recusa do então presidente, Benigno Aquino (2010-16), a libertar os negociadores comunistas.

O CPJ foi criado em 1968 como uma organização política clandestina com o objetivo principal de derrubar ao governo.

O Novo Exército do Povo (NPA), seu braço armado, foi estabelecido em 1969, conta com cerca de 6 mil combatentes regulares e está háe 45 anos pegando em armas.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaComunismoFilipinasGoverno

Mais de Mundo

Avião com 64 pessoas e helicóptero militar dos EUA colidem no ar em Washington, D.C

Trump diz que enviará imigrantes para prisão em Guantánamo

'Não sou antivacina', diz Robert Kennedy Jr. no Senado americano

Governo Trump desiste de corte de repasses que barrou ao menos US$ 1 trilhão em recursos