Mundo

Governo deve criar Secretaria Nacional do Idoso

De acordo com o ministro, a Secretaria Nacional do Idoso, como deverá ser chamada, inicialmente, não terá status de ministério

Segundo o ministro da Previdência Social Garibaldi Alves, a criação de uma secretaria para tratar de políticas públicas para idosos é uma reivindicação antiga dos sindicatos (Serghei Starus / Dreamstime)

Segundo o ministro da Previdência Social Garibaldi Alves, a criação de uma secretaria para tratar de políticas públicas para idosos é uma reivindicação antiga dos sindicatos (Serghei Starus / Dreamstime)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de março de 2012 às 14h41.

Brasília - O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, disse hoje (16) que o governo estuda a criação de uma secretaria para tratar de políticas relacionadas ao idoso. De acordo com o ministro, a Secretaria Nacional do Idoso, como deverá ser chamada, inicialmente, não terá status de ministério.

“Dentro de dois meses um grupo vai se reunir e tudo indica que vamos ter a possibilidade concreta de anunciar a criação da secretaria nesse período”, disse, logo após reunião com as centrais sindicais para discutir o fim do fator previdenciário e o aumento para os aposentados que ganham mais de um salário mínimo.

Segundo Garibaldi, a criação de uma secretaria para tratar de políticas públicas para idosos é uma reivindicação antiga dos sindicatos. “Há algum tempo vem se reivindicando uma secretaria do idoso, a exemplo de outras secretarias que foram criadas. O fato de uma discussão como essa [sobre o fim do fator previdenciário e aumento de aposentadoria para quem ganha acima do salário mínimo] às vezes não avançar como desejamos é pela falta de uma secretaria que pudesse dar mais objetividade à discussão”, avaliou.

O ministro disse que não foi possível estabelecer uma nova proposta para o fim do fator previdenciário. “O que ficou claro é que o governo, com essa crise internacional que persiste, não vai ter condições imediatas de atender ao aumento real para os que ganham acima do mínimo e atender também a um calendário para a finalização do fator previdenciário nem uma conclusão para a substituição ao fator.”


Garibaldi destacou que o reajuste para os aposentados que ganham acima do mínimo deve ficar para o próximo ano e que o governo pretende discutir com as centrais uma política de valorização das aposentadorias como foi feito com o salário mínimo.

O presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, disse que o fim do fator previdenciário é o cenário ideal, mas que as fórmulas (mecanismos mais simples para calcular a aposentadoria) já apresentadas pelas centrais podem voltar a ser discutidas.

“Nós colocamos essas fórmulas na mesa e para nós já havia algum entendimento sobre isso com o governo. O bom mesmo era o fim do fator, mas a fórmula era melhor do que o fator. O governo recuou e não deu sequência. Queremos abrir a discussão porque entendemos que essa fórmula poderia resolver e criar um impacto menor nas aposentadorias”, disse.

Parte das centrais defende a fórmula 85/95, que soma a idade do trabalhador e o tempo de contribuição. Para as mulheres essa soma seria 85 e para os homens, 95. Quem atingisse esse número teria direito à aposentadoria integral. Há ainda centrais, como a Força Sindical, que defendem a aposentadoria integral ao trabalhador cuja soma da idade e do tempo de contribuição resultar em 80 (mulher) e 90 (homem).

Acompanhe tudo sobre:AposentadoriaPrevidência SocialTerceira idade

Mais de Mundo

Trump avalia adiar proibição do TikTok por 90 dias após assumir presidência dos EUA

Rússia admite ter atingido alvos em Kiev em retaliação aos ataques de Belgorod

Mídia americana se organiza para o retorno 'vingativo' de Trump

'Vários feridos' em acidente com teleférico em estação de esqui na Espanha