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Governo de Theresa May é testado em eleições municipais na Inglaterra

As eleições municipais são uma oportunidade para que os ingleses se pronunciem indiretamente sobre a política nacional de Theresa May

May: nas eleições de junho de 2017, a menos de um ano do Brexit, May perdeu a maioria absoluta no Parlamento (Christopher Furlong/Pool via Reuters/Reuters)

May: nas eleições de junho de 2017, a menos de um ano do Brexit, May perdeu a maioria absoluta no Parlamento (Christopher Furlong/Pool via Reuters/Reuters)

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AFP

Publicado em 3 de maio de 2018 às 10h50.

Os ingleses comparecem às urnas nesta quinta-feira para eleições municipais, uma votação que é considerada um teste para o governo conservador da primeira-ministra Theresa May, dividido e enfraquecido a menos de um ano do Brexit.

As eleições locais são as primeiras desde as legislativas de junho 2017, quando May perdeu a maioria absoluta no Parlamento e o Partido Trabalhista, de Jeremy Corbyn, registrou um considerável avanço.

Os locais de votação abriram às 07H00 (3H00 de Brasília) e devem fechar as portas às 22H00 (18H00 de Brasília). Os primeiros resultados devem ser divulgados durante a noite, mas o novo panorama político só deve ser completamente conhecido na sexta-feira.

Mais de 4.300 cadeiras estão em disputa em quase 150 câmaras municipais da Inglaterra, incluindo as grandes cidades do país: Londres, Manchester, Leeds e Newcastle.

Algumas câmaras, responsáveis por temas como educação e gestão de resíduos, serão completamente renovadas, enquanto outras devem escolher um terço ou metade de seus representantes.

Londres é um dos principais desafios das eleições: os trabalhistas desejam assumir o controle de distritos tradicionalmente conservadores, como Westminster e Wandsworth.

Em Kensington e Chelsea, os Tories poderiam pagar pelo incêndio da Torre Grenfell, que deixou 71 mortos em junho de 2017. Os sobreviventes atribuem a tragédia ao governo conservador.

As eleições locais representam uma oportunidade para que os britânicos se pronunciem indiretamente sobre a política nacional do Executivo de Theresa May.

Alguns eleitores não aceitam a política de cortes e austeridade, que afeta os serviços públicos de saúde. Ao mesmo tempo, os trabalhistas enfrentam a rejeição de muitas pessoas a seu líder, Jeremy Corbyn, cujo posicionamento, muito à esquerda, divide o próprio partido.

Uma derrota seria um novo golpe para Theresa May que, enfraquecida após o revés nas legislativas de junho de 2017, tenta manter a unidade dentro de seu partido, dividido entre os que desejam um Brexit duro e os defensores da continuidade de uma relação o mais estreita possível com a UE.

O Brexit, previsto para ser concretizado no final de março de 2019, se tornou o tema da campanha.

Os partidos de oposição - o Partido Trabalhista mas também o Liberal Democrata e os Verdes - cortejaram os eleitores conservadores descontentes e os migrantes europeus.

Estes últimos, que estão autorizados a votar nas eleições municipais, ao contrário das eleições gerais, podem enviar um recado sobre o caminho adotado pelo governo conservador de May no processo de saída do Reino Unido da União Europeia.

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