Manifestantes reagem a discurso de líder de movimento estudantil em Hong Kong (Carlos Barria/Reuters)
Da Redação
Publicado em 2 de outubro de 2014 às 10h09.
Hong Kong - O governo de Hong Kong pediu nesta quinta-feira ao movimento democrático "Occupy Central" que ponha fim "imediatamente" à ocupação das ruas da cidade, principalmente ao redor dos escritórios oficiais, enquanto a polícia advertiu que haverá "sérias consequências se os protestos forem intensificados".
As autoridades locais disseram, em entrevista coletiva e um comunicado, que nesta sexta-feira tentarão reabrir a administração pública para retomar a atividade dos funcionários.
Governo e polícia pediram para que os manifestantes "não bloqueiem o acesso aos edifícios oficiais e que se dispersem de forma pacífica o mais rápido possível", indica a chamada, que insistiu que o "Occupy Central" e outras organizações envolvidas "terminem imediatamente todas as atividades de ocupação".
O objetivo do governo é que os três mil servidores públicos que trabalham nos escritórios governamentais centrais possam voltar aos postos de trabalho na sexta-feira.
Os organizadores do movimento democrático anunciaram que intensificarão a manifestação e que podem inclusive tentar ocupar os prédios se o chefe do Executivo, Leung Chung-ying, não renunciar antes da meia-noite.
O superintendente da polícia de Hong Kong, Steve Hui, advertiu nesta quinta-feira que pode haver "sérias consequências" caso os organizadores intensificarem o protesto e não descartou o uso "apropriado" da força se for preciso, principalmente contra atos violentos.
Foi anunciado pelo departamento de Educação que as aulas nos colégios e centros educativos da zona central e oeste da cidade permanecerão canceladas na sexta-feira.