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Governo de Cuba faz desfile pelo 1° de maio em Havana

Na primeira fila de participantes, desfilaram os representantes do setor da saúde, um dos principais ativos de Cuba

Cuba: também foram ouvidas palavras de ordem a favor do regime de Nicolás Maduro (Shannon Stapleton/Reuters)

Cuba: também foram ouvidas palavras de ordem a favor do regime de Nicolás Maduro (Shannon Stapleton/Reuters)

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EFE

Publicado em 1 de maio de 2019 às 11h31.

Havana - Dezenas de milhares de pessoas marcharam nesta quarta-feira em Havana no tradicional desfile do Dia do Trabalho sob a liderança do presidente do país, Miguel Díaz-Canel, e do ex-governante e ainda líder do Partido Comunista de Cuba, Raúl Castro.

"Unidade, compromisso e vitória" foram os lemas da marcha composta por cidadãos de diversas idades e profissões, iniciada pouco depois das 7h (horário local, 8h em Brasília) na emblemática Praça da Revolução de Havana e observada pelos dois líderes de uma tribuna.

Na primeira fila de participantes, desfilaram os representantes do setor da saúde, um dos principais ativos de Cuba que sofreu um revés meses atrás com a retirada de profissionais do Brasil pela chegada à presidência de Jair Bolsonaro.

Entre os diversos grupos que marcharam esteve presente, pela primeira vez, representantes do movimento LGBT, um coletivo que nos últimos anos obteve maior aceitação e visibilidade no país em contraste com a dura repressão sofrida décadas atrás.

O início da marcha foi precedido pelo clássico discurso pronunciado há 19 anos durante a celebração do 1º de Maio pelo falecido líder Fidel Castro, no qual definiu o conceito de revolução de Cuba.

Além dos líderes cubanos e funcionários de alto escalão do governo, do exército e do partido, ocuparam a tribuna representantes de países estrangeiros, entre eles vários membros do Partido Comunista da Rússia.

O Dia do Trabalho foi celebrado hoje em Cuba em um momento marcado pelo endurecimento das sanções por parte dos Estados Unidos

O assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, anunciou neste mês que serão limitadas as remessas que podem ser enviadas a Cuba dos Estados Unidos a mil dólares por pessoa por trimestre, enquanto o Departamento de Estado confirmou que estuda eliminar algumas das 12 categorias que permitem aos americanos viajar legalmente à ilha.

Hoje, na Praça da Revolução, também foram ouvidas palavras de ordem a favor do regime de Nicolás Maduro na Venezuela, principal parceiro de Cuba na região.

Em paralelo ao ato central de Havana, em outros lugares da ilha os cubanos também saíram às ruas pelo 1º de Maio, com desfiles nas principais cidades, como em Santiago de Cuba, com o segundo ato mais movimentado, e em Villa Clara, onde tem protagonismo a figura do guerrilheiro Ernesto Che Guevara, que está enterrado nesta província. EFE

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