O democrata-cristão Partido Popular (ÖVP) do chanceler federal, Sebastian Kurz, e o ultranacionalista FPÖ do vice-chanceler, Heinz-Christian Strache (Leonhard Foeger/Reuters)
AFP
Publicado em 18 de dezembro de 2017 às 09h12.
Última atualização em 18 de dezembro de 2017 às 09h13.
O novo governo de coalizão entre conservadores e ultradireitistas dirigidos pelo jovem conservador Sebastian Kurz, 31 anos, prestou juramento nesta segunda-feira na Áustria.
Kurz, o novo chanceler do partido conservador ÖVP e o mais jovem dirigente do mundo, tomou foi investido pelo chefe de Estado Alexander Van der Bellen junto ao vice-chanceler Heinz-Christian Strache, líder do FPÖ, esquerda radical.
Os líderes de partidos de extrema direita, entre eles a francesa Marine Le Pen e o holandês Geert Wilders, reunidos no sábado, em Praga, celebraram "o acontecimento histórico" na Áustria, onde o partido de extrema direita FPO fechou um acordo para entrar no governo.
Aliados na Europa das Nações e das Liberdades, grupo político do Parlamento Europeu fundado há dois anos, estes líderes participaram de uma conferência chamada Por Uma Europa de Nações Soberanas.
"Só me resta aplaudir, uma vez mais, o fato de que, na Áustria, um partido integrante do nosso grupo no Parlamento Europeu seja levado a sério a ponto de entrar no governo", declarou o líder do Partido pela Liberdade holandês, Geert Wilders.
A presidente da Frente Nacional francesa, Marine Le Pen, celebrou, por sua vez, o "acontecimento verdadeiramente histórico". Segundo ela, "outros seguirão, porque a resistência da União Europeia se organiza em um certo número de países".
"Acredito que as eleições europeias podem provocar uma verdadeira mudança da situação política na Europa e permitir, inclusive àqueles que se opõem à União Europeia e defendem a Europa das nações e das liberdades, serem majoritários na futura assembleia", disse.
Com três ministérios importantes - Defesa, Interior e Relações Exteriores - e a chegada ao poder de seus principais dirigentes, o partido austríaco FPO irá desempenhar um papel importante no governo do conservador Sebastian Kurz.