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Governo da Turquia quer castração química para quem estuprar menores

O atual código penal turco prevê 15 anos de prisão para o abuso sexual de menores, podendo chegar a prisão perpétua

Turquia (Bulent Kilic/Getty Images)

Turquia (Bulent Kilic/Getty Images)

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EFE

Publicado em 1 de julho de 2018 às 12h06.

Istambul - O vice-primeiro-ministro da Turquia, Bekir Bozdag, anunciou neste domingo que o governo pretende implantar a castração química para pessoas condenadas por crimes sexuais graves contra menores.

"Neste novo mandato, implantaremos de forma decisiva a medida da castração química. Daremos passos decididos", disse o político a jornalistas na cidade de Yozgat, segundo a agência turca de notícias "Anadolu".

Bozdag fez esta declaração após condenar o assassinato de Eylül Yaglikara, uma menina de oito anos que foi encontrada morta ontem, com sinais de abuso sexual, após uma operação de busca que durou oito dias e deixou o país em grande expectativa.

"É um crime atroz. Como governo, tomamos medidas sérias para prevenir este tipo de crime, e no novo mandato daremos passos para revisar as penas e aumentá-las", disse.

"Já as havíamos anunciado antes, mas estas reformas não foram feitas porque as eleições interferiram", disse o político, em referência ao pleito antecipado que a Turquia realizou em 24 de junho.

Embora o Partido Justiça e Desenvolvimento (AKP), no poder desde 2002, tenha perdido a maioria absoluta no Congresso, poderá continuar legislando graças à coalizão com o direitista Movimento de Ação Nacionalista (MHP).

O atual código penal turco prevê 15 anos de prisão para o abuso sexual de menores, podendo chegar a prisão perpétua se a vítima morrer.

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