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Governo da Colômbia se reúnem fechar acordo com Farc

"Dei instruções para que a equipe negociadora do Governo que trabalhe sem levantarem-se da mesa até alcançarem um acordo", declarou o presidente

"Dei instruções para que a equipe negociadora do Governo trabalhe em modo conclave, em grupos temáticos simultâneos, sem levantarem-se da mesa até alcançarem um acordo", declarou o presidente (John Vizcaino/Reuters/Reuters)

"Dei instruções para que a equipe negociadora do Governo trabalhe em modo conclave, em grupos temáticos simultâneos, sem levantarem-se da mesa até alcançarem um acordo", declarou o presidente (John Vizcaino/Reuters/Reuters)

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AFP

Publicado em 5 de novembro de 2016 às 19h31.

Os negociadores do governo da Colômbia ficarão em modo conclave até alcançarem um novo acordo de paz com as Farc, depois da rejeição de um referendo aos termos previamente pactuados para superar um conflito de meio século, disse neste sábado o presidente Juan Manuel Santos.

"Dei instruções para que a equipe negociadora do Governo trabalhe em modo conclave, em grupos temáticos simultâneos, sem levantarem-se da mesa até alcançarem um acordo", declarou o presidente em um discurso televisionado desde a presidencial Casa de Nariño.

Santos fez o anúncio após receber do chefe negociador do governo, Humberto de la Calle, um relatório sobre as reuniões com a oposição para fazer mudanças e ajustes no acordo firmado em 26 de setembro com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc, marxistas), rejeitado por uma estreita margem em um referendo em 2 de outubro.

Depois do revés eleitoral, o presidente convocou encontros, finalizados na quinta-feira, para chegar a consensos com os representantes do "Não" ao falido acordo, entre eles os ex-presidentes Álvaro Uribe, feroz opositor de Santos e líder do direitista Centro Democrático, e Andrés Pastrana, assim como organizações políticas, de vítimas e pastores cristãos.

"Resultado desta detalhada e reflexiva tarefa de revisão e trabalho conjunto, foi possível consolidar as mais de 500 propostas em 57 eixos temáticos. Este árduo trabalho, compilado em um 'Documento de Propostas e Opções', permitirá que a discussão com as Farc seja mais produtiva e organizada", afirmou Santos.

O presidente defendeu que foi feita uma revisão "ponto por ponto" das propostas para "defini-las e aproximar visões e opções de modificações, ajustes e definições em pontos críticos do acordo".

Santos, laureado com o Nobel da Paz, assegurou que serão alcançados "avanços significativos" em temas como a reforma rual integral e no "aperfeiçoamento" da Jurisdição Especial para a Paz, na qual serão acolhidos os atores do conflito sob um modelo de justiça transicional.

"É necessário agora concentrar todos os esforços nos pontos mais complexos para alcançar um novo acordo com as Farc no menor tempo possível", declarou o presidente.

O governo e as Farc negociaram durante quase quatro anos em Havana, para onde neste sábado viajará De la Calle e no domingo o ministro do Interior, Juan Fernando Cristo, para acelerar as negociações.

Na sexta-feira, viajarão o Alto Comissário para a Paz, Sergio Jaramillo, o ex-ministro Yesid Reyes e o senador oficialista Roy Barrera para avançar na renegociação com a principal e mais antiga guerrilha do país.

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