Israel-hamas: governo confirma segunda morte de brasileiro em Israel (MAHMUD HAMS/AFP)
Redação Exame
Publicado em 10 de outubro de 2023 às 15h59.
Última atualização em 10 de outubro de 2023 às 16h04.
O ministério das Relações Exteriores confirmou nesta terça-feira, 10 a morte da segunda vítima brasileira na guerra entre Israel e Hamas, Bruna Valeanu, de 24 anos, desaparecida desde sábado em Israel. Durante a manhã, o governo brasileiro também informou a morte de Ranani Glazer, de 24 anos.
Segundo o jornal O Globo, Valeanu participava do festival de música eletrônica Universo Parelello, que foi invadido por homens armados no sábado. O evento acontecia no deserto de Negev, perto de Re-im, no sul de Israel, a menos de 20 quilômetros da Faixa de Gaza.
"O governo brasileiro lamenta e manifesta seu profundo pesar com a morte da cidadã brasileira Bruna Valeanu, de 24 anos, natural do Rio de Janeiro, segunda vítima dos atentados ocorridos no último dia 7 de outubro em Israel. Ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de Bruna, o governo brasileiro reitera seu total repúdio a todos os atos de violência contra a população civil", afirma Itamaraty.
Bruna, de 24 anos, era natural do Rio de Janeiro. A jovem tinha dupla nacionalidade, era brasileira-israelense. A última vez que ela falou com a família foi no sábado por volta das 9h, quando contou ter testemunhado disparos e mortes à sua volta.
Durante a rave Universo Paralello, no deserto de Negev, perto de Re-im, no Sul de Israel, a menos de 20 quilômetros da Faixa de Gaza, houve um ataque do grupo extremista armado Hamas. Foram encontrados pelo menos 260 corpos no local onde ocorreu a edição israelense da rave Universo Paralello, evento organizado pelo pai do DJ Alok.
O grupo palestino Hamas lançou a "Operação Al-Aqsa Flood" para defender a mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, palco de tensões entre palestinos e israelenses.
No Brasil, apenas os grupos designados como "terroristas" pela ONU recebem essa classificação. Países como Estados Unidos, Reino Unido, Japão, Austrália e nações da União Europeia, apontam que o Hamas é uma organização terrorista.
Ismail Haniyeh lidera o Hamas desde 2017 e reside em Doha, Catar, desde 2020 devido às restrições de saída e entrada em Gaza, que enfrenta bloqueios em suas fronteiras tanto com Israel quanto com o Egito.
Na sua Carta de Princípios de 1988, o Hamas declarou que a Palestina é uma terra islâmica e não reconhece a existência do Estado de Israel.