Soldados colombianos: "São assassinos e reconhecem isso com descaramento", afirmou o ministro da defesa colombiano (Eitan Abramovich/AFP)
Da Redação
Publicado em 23 de março de 2014 às 17h09.
Bogotá - O governo colombiano rejeitou neste domingo 'taxativamente' o comunicado das Farc no qual reconheceram o assassinato de dois policiais no sudoeste do país e pediu à guerrilha que entregue os milicianos responsáveis pelo crime.
Através de um comunicado, a presidência advertiu às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) que o processo de paz não eximirá o grupo de 'responder por todos os crimes de guerra e contra a humanidade que tenham cometido e que sigam cometendo'.
A presidência disse, além disso, que o assassinato do major Germán Méndez e do patrulheiro Edílmer Muñoz respectivamente, foi 'um crime de guerra e uma grave violação dos direitos humanos'.
Estes policiais desapareceram no dia 15 de março quando trabalhavam em um plano de consolidação da presença do Estado em zonas remotas e vulneráveis e seus corpos apareceram três dias depois com sinais de tortura, segundo as autoridades.
No sábado, as Farc reconheceram o assassinato dos dois policiais sem empregar armas de fogo e o justificaram pela 'grande operação militar de perseguição' que sofreram seus sequestradores.
O ministro colombiano de Defesa, Juan Carlos Pinzón, pediu à guerrilha que entregue os autores do crime. 'Se as Farc têm vontade de paz, deveriam entregar os responsáveis pela tortura e pelo assassinato de nossos policiais em Tumaco'.
Pinzón também disse que reconhecer este crime não transforma as Farc em 'honesta, só em um montão de terroristas sem piedade'.
'São assassinos e reconhecem isso com descaramento', acrescentou o ministro.
O governo colombiano e as Farc negociam desde novembro de 2012 um acordo de paz na cidade de Havana. EFE