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Governo colombiano e Farc adiam início de negociação

O encontro foi adiado para a próxima segunda-feira em Cuba


	Policiais fazem patrulha em busca de plantações de coca das Farc: o primeiro assunto a ser debatido na mesa de diálogos é o problema da terra na Colômbia
 (Guillermo Legaria/AFP)

Policiais fazem patrulha em busca de plantações de coca das Farc: o primeiro assunto a ser debatido na mesa de diálogos é o problema da terra na Colômbia (Guillermo Legaria/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de novembro de 2012 às 12h30.

Bogotá - O governo da Colômbia e as Farc anunciaram hoje em comunicado conjunto que o início das negociações de paz em Havana foi adiado desta quinta-feira para a próxima segunda (19) em Cuba.

"Na segunda-feira, dia 19, em Havana, os delegados negociadores começarão a discussão sobre a agenda estipulada", diz a nota, que enviada pelo serviço informativo do governo colombiano.

Segundo o texto, de apenas dois parágrafos, esta decisão resulta de um acordo obtido entre as partes para "continuar a reunião técnica para acertar os últimos detalhes dos mecanismos para a participação popular de 15 de novembro até o dia 18 do mesmo mês".

Os representantes do governo e das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) iniciaram esta reunião técnica no dia 6 na capital cubana para preparar a logística da fase de negociação, cujo início estava previsto para esta quinta-feira.

O primeiro assunto a ser debatido na mesa de diálogos é o problema da terra na Colômbia, que representa um desafio por se tratar de um dos pontos de origem do conflito armado colombiano, que começou há quase meio século.

Cerca de 1% da população colombiana possui 52% das propriedades rurais. Desde 1985, 5,5 milhões de pessoas deixaram seus lugares de origem ao serem retirados de suas terras.

Os governos de Cuba e Noruega atuam como fiadores do diálogo de paz colombiano, enquanto os de Chile e Venezuela têm o papel de "acompanhantes".

No dia 18 de outubro foi oficialmente instalada em Oslo (Noruega) a mesa de diálogo entre o governo colombiano e as Farc, dois meses depois que estes definiram um roteiro com os temas que serão discutidos e as regras do jogo. 

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