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Governo boliviano quer maior rigor em vistorias a torcedores

O documento proíbe ainda que torcedores assistam às partidas sob efeito de álcool ou drogas ou vestindo "indumentária que impeça a verificação de identidade"


	"Com esta norma, há a necessidade de transformar o futebol em uma verdadeira festa esportiva e não em um evento que nos deixe de luto", declarou Romero
 (AFP/ Aizar Raldes)

"Com esta norma, há a necessidade de transformar o futebol em uma verdadeira festa esportiva e não em um evento que nos deixe de luto", declarou Romero (AFP/ Aizar Raldes)

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Da Redação

Publicado em 6 de março de 2013 às 20h39.

La Paz - O governo boliviano aprovou nesta quarta-feira um decreto para aumentar o rigor no controle da entrada de torcedores em estádios após a morte do jovem Kevin Beltrán, de 14 anos, durante o empate em 1 a 1 entre San José e Corinthians, no último dia 20, pela Taça Libertadores.

O decreto oficial tomou como referência nove "instrumentos internacionais" sobre segurança em eventos esportivos, assim como normas adotadas por outros países latino-americanos, de acordo com o ministro de Governo, Carlos Romero. A medida estabelece responsabilidades para as autoridades, as associações esportivas, as torcidas e os administradores dos estádios.

O documento proíbe ainda que torcedores assistam às partidas sob efeito de álcool ou drogas ou vestindo "indumentária que impeça a verificação de identidade", assim como a entrada nos locais dos jogos com bebidas alcoólicas, entorpecentes, armas, objetos cortantes ou explosivos e fogos de artifício.

O governo exige ainda a instalação de câmeras em todos os locais que recebam eventos esportivos e veta o uso de publicidade ou faixas com frases ofensivas contra o adversário ou que incitem a violência.

"Com esta norma, há a necessidade de transformar o futebol em uma verdadeira festa esportiva e não em um evento que nos deixe de luto", declarou Romero.

Sobre a morte de Kevin, o ministro destacou nesta quarta-feira que se trata de um crime ocorrido em território boliviano e que por isso deve ser resolvido pela justiça do país.

"Foi dito às autoridades do Brasil que de nossa parte é garantido um respeito estrito ao que manda a lei", afirmou.

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