Trânsito em Buenos Aires, na Argentina: A insegurança ocupa o primeiro lugar entre as preocupações dos argentinos, segundo pesquisa (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 16 de março de 2014 às 16h32.
Buenos Aires- O chefe de gabinete do governo da Argentina, Jorge Capitanich, admitiu neste domingo que a crescente insegurança vivida no país se transformou em 'um problema', embora tenha informado que o aumento de recursos para as forças de segurança 'não é o melhor modo de combatê-la'.
Em uma entrevista a um canal de televisão local, Capitanich afirmou que o aumento da insegurança não se resolve apenas com mais patrulheiros, policiais ou câmeras, mas sim com trabalhando na inclusão social e na equidade distributiva.
'A segurança pública é um fenômeno com múltiplas causas. Quando alguém faz uma calçada, uma iluminação pública, garante o acesso à educação ou à saúde está fazendo algo contra a insegurança', declarou.
Para Capitanich, o crescimento do número de delitos e a insegurança em geral são problemas globais.
'Se você comparar (Buenos Aires) com o resto das cidades de maior concentração populacional da América Latina verá um índice inferior', apontou.
A insegurança ocupa o primeiro lugar entre as preocupações dos argentinos, segundo uma recente pesquisa realizada pela empresa de consultoria Raúl Aragón & Asociados e divulgada pela imprensa local. O estudo indica que, em fevereiro, 43,20% dos argentinos consideravam que esse era o principal problema do país, acima da inflação (22%) e da corrupção (3,1%).
O governo da província de Buenos Aires anunciou ontem que reforçará as medidas de segurança nos ônibus após o assassinato de um motorista, na quinta-feira passada, que provocou uma greve no setor e protestos de milhares de cidadãos.
Neste sentido, Capitanich explicou que os casos de insegurança acontecem em diferentes lugares e isso requer definir claramente as responsabilidades. '
'A segurança pública é competência das províncias, mas a percepção popular é fazer responsável o governo nacional. O que o governo nacional pode fazer? O que faz: colocar reforços, assumir competências específicas em lugares correspondentes e estabelecer um mecanismo de intervenção', concluiu. EFE