O Leaf da Nissan: somente carros elétrico e híbridos poderão receber a nota "A", de máxima eficiência energética e baixa emissão de CO2. (.)
Vanessa Barbosa
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.
São Paulo - Para estimular o mercado de carros elétricos nos EUA, o governo americano anunciou um projeto de certificação de eficiência energética para veículos de passeio. Cada carro receberia uma nota de A a D, de acordo com seu o consumo de combustível e emissões de CO2.
Na corrida pela classificação máxima, os carros com motor elétrico e híbridos, como o Leaf da Nissan, saem na frente: eles são os únicos que podem receber um "A+" ou "A-" ( veja reprodução abaixo). O anúncio da proposta foi feito nesta segunda (30) pela Agência de Proteção Ambiental (EPA) e o Departamento de Transporte americano.
Segundo reportagem do Wall St. Journal, os selos seriam afixados nos pára-brisas dos carros novos à venda nas concessionárias. A etiqueta deverá trazer expressa em dólares a economia de combustível alcançada pelo carro em comparação com outros da sua categoria, além quantidade de dióxido de carbono que emite.
Muitos veículos compactos e de médio porte receberiam um B, enquanto os modelos maiores e mais potentes, como os veículos utilitários, esportivos e picapes receberiam C ou C- porque consomem mais gasolina e emitem maiores quantidades de dióxido de carbono.
"Um novo rótulo é absolutamente necessário para ajudar os consumidores a tomar a decisão certa para suas carteiras e para meio ambiente", disse Gina McCarthy, administrador assistente da EPA, em entrevista ao jornal. A proposta foi aplaudida por ambientalistas, mas contrariou boa parte da industria automotiva.
Segundo representantes do setor, o governo de Obama estaria "cruzando a linha entre a publicidade responsável e a emissão de juízos de valor sobre os veículos".Para a Aliança de Fabricantes de Automóveis, "os rótulos de eficiência energética podem inadvertidamente sugerir uma etiqueta de aprovação do governo". A proposta seguirá nos próximos 60 dias para avaliação pública e poderá sofrer alterações. Segundo o jornal, ela deve começar a valer apenas em 2013.
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