Michelle Lujan Grisham, atual governadora do Novo México, em coletiva de imprensa no Capitólio em Washington, em 16 de fevereiro de 2017, quando ainda era legisladora na Câmara dos Representantes. (AFP/AFP)
AFP
Publicado em 26 de janeiro de 2022 às 21h29.
Última atualização em 26 de janeiro de 2022 às 21h33.
A governadora do estado do Novo México, no oeste dos Estados Unidos, se ofereceu para dar aulas como professora substituta em meio à escassez de pessoal nas escolas americanas por causa do aumento de casos da variante ômicron de covid-19.
Michelle Lujan Grisham, originalmente formada em direito e do Partido Democrata, começou a dar aulas em uma escola pública nesta quarta-feira, 26, informou seu escritório.
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A ação se insere na iniciativa "Apoiando Professores e Famílias", lançada por Lujan Grisham na semana passada, para enfrentar a falta de pessoal em escolas e creches do Novo México, em meio ao ressurgimento da pandemia.
"Nossas escolas são uma fonte crítica de estabilidade para nossas crianças, sabemos que elas aprendem melhor na sala de aula e prosperam quando estão entre os seus companheiros", disse a governadora no comunicado em que anunciou o programa.
Com a chegada da variante ômicron, os Estados Unidos enfrentam uma disparada de casos que tem reflexos na força de trabalho no país. Quase 5 milhões de diagnósticos positivos foram confirmados nos últimos sete dias, segundo as autoridades sanitárias, sendo o Novo México um dos estados com maior número de novos contágios em termos proporcionais.
Quase metade dos distritos escolares do estado foi forçada a voltar às aulas virtuais nas últimas semanas, com professores e membros da equipe acadêmica obrigados a ficar em isolamento em caso de infecção ou contato com alguém que testou positivo para covid.
Lujan Grisham quer "incentivar" os que cumprem com os requisitos a se inscrever no programa para que sejam certificados como professores substitutos, "mantendo as escolas do Novo México abertas de forma segura".
Para isso, os candidatos precisam ser maiores de idade e ter um diploma universitário, além de se submeter a uma checagem de antecedentes criminais.
Com amplo acesso às vacinas, a sociedade americana está dividida sobre manter ou não as escolas abertas com o agravamento da pandemia, assim como acontece em relação às vacinas e à adoção de medidas de proteção contra o vírus.