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Governadora defende pena de morte para menor que atirou em 9

Em seu perfil no Facebook, o jovem exibia uma foto da bandeira da África do Sul, usada durante o regime do Apartheid


	Oração é feita em frente à Igreja onde ocorreu ataque na Carolina do Sul (EUA)
 (REUTERS/Randall Hill)

Oração é feita em frente à Igreja onde ocorreu ataque na Carolina do Sul (EUA) (REUTERS/Randall Hill)

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Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2015 às 13h16.

Após a confirmação da polícia hoje (19) de que o jovem Dylan Roof confessou ter atirado e matado nove pessoas na quarta-feira (17), na Igreja Africana Metodista Episcopal em Charleston, Carolina do Sul, a governadora do estado, Nikki Haley, defendeu a aplicação da pena de morte, em caso de condenação.

“Somos um estado machucado pelo fato de nove pessoas terem morrido de maneira inocente”, afirmou em uma entrevista à rede NBC. Ela também defende que o jovem seja julgado na instância estadual – onde a pena de morte é aplicada – e não na Federal.

As declarações de Roof ao confessar o crime causaram ainda mais comoção e revolta junto à opinião pública. Segundo a imprensa norte-americana, policiais disseram que, no momento da confissão, ele mostrou ser white supremacist (supremacia branca), nome dado no país aos brancos ultra-racistas que pregam o ódio e a destruição aos negros.

Segundo a polícia, o jovem disse que queria iniciar uma “guerra racial” contra os negros no país. Em seu perfil no Facebook, exibia uma foto da bandeira da África do Sul, usada durante o regime do Apartheid.

O jovem vai responder por nove acusações de assassinato e também posse de armas. Ele deve ser ouvido hoje em audiência em um tribunal da cidade.

Desde de ontem, várias igrejas protestantes fazem vigílias e orações pelas vítimas em diversas cidades norte-americanas. Em frente à igreja em Charleston, pessoas deixam velas e flores e a imprensa acompanha a comoção das pessoas.

Chama atenção algumas entrevistas em que brancos lamentam que o país ainda seja influenciado pelo racismo, após as intensas lutas pelos direitos civis dos negros nos anos de 1960 e 1970.

Além das homenagens, a imprensa entrevista familiares e exibe informações do perfil das vítimas. O mais jovem do grupo que estava reunido na Igreja na noite de quarta-feira, era um rapaz de 26 anos.

O reverendo Clementa Pinkney, 41 anos, era senador pela Carolina do Sul. O presidente Barack Obama e a primeira-dama Michelle Obama conheciam o senador.

O crime também suscitou o debate sobre o porte de armas no país, onde ter arma é um direito constitucional. Hoje de manhã, a primeira-dama Michelle Obama seguiu a mesma linha do discurso do presidente Barack Obama adotado ontem (18).

“Como o meu marido disse ontem, nossos pensamentos estão com as vítimas e suas famílias”, disse.

Obama procurou fazer um discurso de consolo, mas foi crítico ao afirmar que este tipo de “crime não acontece em países desenvolvidos”.

A menos de um ano e meio das eleições presidenciais, o presidente levantou a questão do controle de porte de armas. Ele é a favor de regras mais rígidas, mas enfrenta resistência de vários setores.

A discussão já foi levada ao Congresso, mas não houve avanços. A pré-candidata Democrata Hillary Clinton também comentou o assunto ontem, após o discurso de Obama e defendeu uma mudança para a política de porte e uso de armas no país.  

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