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Governador quer Força Nacional em Jirau até conclusão das obras

Confúcio Moura, governador de Rondônia, defende que é responsabilidade do governo federal garantir a segurança das obras na usina

Viaturas da Força Nacional: grupo já faz a segurança das obras desde os protestos (Wikimedia Commons)

Viaturas da Força Nacional: grupo já faz a segurança das obras desde os protestos (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 28 de março de 2011 às 20h41.

Brasília – O governador de Rondônia, Confúcio Moura, vai pedir ao ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, que mantenha homens da Força Nacional no canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Jirau até a conclusão do projeto.

“Usinas nucleares, hidrelétricas e refinarias de petróleo, compete ao Estado oferecer a segurança que necessitam. Não é o estado federado. Ele participa de maneira complementar”, disse, ao avaliar que o governo federal falhou na segurança da usina de Jirau.

Segundo o governador, deverá haver uma reunião amanhã (29), no Palácio do Planalto, para tratar do assunto. Em entrevista à Agência Brasil, ele afirmou que vai pedir um cronograma de retomada das obras, paralisadas há quase duas semanas em razão de protestos de trabalhadores.

Apesar da previsão da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) de que a paralisação das obras não provocaria prejuízos ao cronograma, o governador avaliou que a demora na retomada deve provocar atrasos.

Moura também pretende conversar com Carvalho sobre a possibilidade de contratação preferencial de mão de obra do próprio estado, assim que os canteiros de obra voltarem a funcionar.

“Toda essa bagunça lá foi promovida não por trabalhadores do estado. Queremos que eles sejam recrutados. Temos mão de obra”, disse. Ele admitiu, entretanto, que será preciso qualificar esses trabalhadores. “Dá para preparar”, completou.

O motivo que provocou a desordem em Jirau, de acordo com o governador, está sendo investigado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e pelo próprio governo de Rondônia. “Há, logicamente, um clima subterrâneo de insatisfação”, concluiu.

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