Mundo

Governador de NY diz que pior já passou após queda de mortes por covid-19

Nova York registrou 671 mortes por coronavírus em 24 horas, o menor total diário em uma semana

 (Kena Betancur/Getty Images)

(Kena Betancur/Getty Images)

Isabela Rovaroto

Isabela Rovaroto

Publicado em 13 de abril de 2020 às 15h41.

O governador de Nova York, Andrew Cuomo, disse nesta segunda-feira que "o pior já passou" para o Estado norte-americano mais atingido pelo novo coronavírus, já que as hospitalizações parecem estar se estabilizando e as mortes aumentaram em 671, o menor total diário em uma semana.

Cuomo, que vem trabalhando de perto com os governadores de Nova Jersey e Connecticut na reação à pandemia, também indicou que anunciará ainda nesta segunda-feira um plano regional coordenado para reabrir negócios e escolas.

Ele disse em um briefing que outros 671 moradores de Nova York morreram no domingo, menos do que os 758 do dia anterior e o menor total diário desde 5 de abril. Ele ainda indicou a aparente estabilização das hospitalizações como um sinal positivo.

Nova York, o epicentro do surto nos Estados Unidos, já registrou 10.056 mortes da Covid-19, a doença respiratória causada pelo novo coronavírus, ou quase metade do total do país.

O Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos informou 554.849 casos do novo coronavírus e informou que o número de mortes subiu para 21.942.

Cuomo temperou sua declaração de que Nova York ultrapassou o estágio mais letal alertando que todos os avanços obtidos através do distanciamento social podem se perder se "fizermos algo idiota" e relaxar as restrições rápido demais.

"Podemos controlar a disseminação. Sintam-se bem com isso", disse Cuomo. "O pior já passou, se continuarmos sendo espertos daqui em diante."

O governador disse que a reabertura acontecerá em passos incrementais e que acredita que estes passos devem ser informados sobretudo pelos especialistas de saúde pública, e não por políticos.

Ao reativar a economia, Cuomo disse que o foco será "recalibrar o que é essencial" e que inicialmente isso envolverá mais trabalhadores "centrais". Ele ainda disse que mais exames serão necessários para coletar informações sobre quem deve ir ao trabalho.

"Assim se começa a abrir a válvula da atividade econômica, e se gira essa válvula muito devagar. Isso se faz cuidadosamente. Lenta e inteligentemente – mais exames e mais precauções."

Outros países

A Itália chegou a mais de 20 mil mortos por causa do novo coronavírus. Segundo atualização publicada pela Defesa Civil local, com mais 566 óbitos confirmados desde domingo, o total de vítimas fatais no país é de 20.465. Os infectados desde o começo da pandemia são 102.253, número 1.363 maior do que o divulgado ontem.

A Alemanha confirmou nesta segunda mais 126 mortos por causa da covid-19. Agora, o país tem 2.799 óbitos e 123.016 contaminações com 2.537 novos casos confirmados entre ontem e hoje. Do total de contaminados, 5,7 mil são de profissionais de saúde. As informações são do Instituto Robert Koch.

Na Espanha, uma redução no número de casos diários foi informada pelo governo local: foram mais 3.477 casos desde ontem, o menor número desde 19 de março. O total de contaminados é de 169,4 mil. Nas últimas 24 horas, 517 pessoas morreram na Espanha por causa da covid-19, o que elevou o total de óbitos para 17.489.

O governo do Reino Unido informou nesta segunda que 717 pessoas perderam a vida entre ontem e hoje por causa da covid-19, o que fez o número total de óbitos no país passar a 11.329. Os novos casos de contaminações pelo coronavírus nesse intervalo foram 4.342 e o total de infectados está em 88.621.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusEstados Unidos (EUA)ItáliaMortesNova YorkReino Unido

Mais de Mundo

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal

Xi Jinping inaugura megaporto de US$ 1,3 bilhão no Peru