Tiroteio na Flórida: pelo menos 17 pessoas morreram ontem no massacre cometido por Cruz na escola de ensino médio Marjory Stoneman Douglas (Zachary Fagenson/Reuters)
EFE
Publicado em 15 de fevereiro de 2018 às 15h41.
Miami - O governador da Flórida, Rick Scott, pediu nesta quinta-feira uma "conversa verdadeira" para que as armas não cheguem nas mãos de pessoas como Nikolas Cruz, que matou 17 pessoas ontem em uma escola de Parkland.
Em uma coletiva de imprensa, Scott disse que está prevista para a próxima semana uma reunião com legisladores estaduais, de maioria republicana, para que "estes tipos de indivíduos não tenham estas armas".
"Não podemos perder outro jovem por violência nas escolas", lamentou o governador Scott.
Pelo menos 17 pessoas morreram ontem no massacre cometido por Cruz na escola de ensino médio Marjory Stoneman Douglas da cidade de Parkland, no sudeste da Flórida.
Cruz, de 19 anos, comparecerá esta tarde em uma corte do condado de Broward, na qual enfrentará 17 acusações de "assassinato premeditado", explicou na mesma coletiva de imprensa o chefe de polícia, Scott Israel.
Israel declarou que "é momento de salvar vidas", e pediu que qualquer pessoa que veja indícios em redes sociais ou em conhecidos sobre atitudes suspeitas deve alertar o FBI (polícia federal americana).
Por sua parte, o agente do FBI, Rob Lasky, disse que em setembro do ano passado examinaram uma denúncia sobre mensagens de ódio de Cruz em um vídeo publicado no YouTube, no qual assinalava que se transformaria em um "atirador escolar profissional".
No entanto, Lasky afirmou que nesse momento não puderam identificar o usuário, ainda que utilizasse o nome de Nikolas Cruz.
O proprietário do vídeo, Ben Bennight, disse ontem em outro vídeo que agentes do FBI estiveram nesta quarta-feira em sua casa no Mississipi, horas após o tiroteio, para investigar o caso.
"Me perguntaram se sabia quem era, e eu não sei. Então foram embora", explicou Bennight no vídeo.