Enquanto a gigante das buscas emite, anualmente, 1,5 milhão de toneladas de CO2, a pegada de carbono do Facebook gira em torno de 285 mil toneladas de CO2e (Getty Images)
Vanessa Barbosa
Publicado em 7 de agosto de 2012 às 21h38.
São Paulo – O que antes era tratado como segredo de estado vem pouco a pouco sendo revelado pelas gigantes da internet: suas pegadas de carbono. Quem primeiro anunciou as emissões anuais de gases de efeito estufa associadas às suas operações foi o Google, em setembro de 2011. Quase um ano depois, o Facebook também quis ser mais transparente, publicando na última semana a sua parcela de emissões.
Qual desses dois pesos pesados do setor de TI sai mais caro ao planeta? Confrontando o desempenho de ambos, quem leva a melhor no ringue ambiental é a rede social de Mark Zuckerberg, cujas emissões anuais de CO2e, ou seja a pegada de carbono, são cinco vezes menor que a do Google.
Enquanto a gigante das buscas emite, anualmente, 1,5 milhão de toneladas de CO2 - algo equivalente às emissões de um pequeno país como Laos, no sudeste asiático –, a pegada de carbono do Facebook gira em torno de 285 mil toneladas de CO2e, segundo relatou a empresa.
Na ponta do lápis, acessar o Gmail emite mais CO2e do que manter um perfil no Facebook. Uma pessoa que acessa diariamente o email do Google emite 1,2 kg de CO2 por ano. Já, o acesso de cada um dos mais de 950 milhões de usuários da rede social de Zuckerberg é responsável pela emissão de 269 gramas de CO2e, quantidade equivalente ao que é emitido pela produção de três bananas ou uma taça de vinho.
Em ambos os casos, a maior parte das emissões de gases de efeito estufa (pelo menos 80%) estão relacionadas ao consumo energético dos escritórios e principalmente dos datacenters.