Banco contou com a ajuda dos clientes para escalar seleção com os melhores do mundo
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h10.
São Paulo - A Copa do Mundo é a oportunidade perfeita para Jim O'Neill, chefe do departamento de pesquisas econômicas do Goldman Sachs, unir suas duas paixões em um só trabalho. O'Neill e sua equipe divulgaram um relatório que escala a "seleção dos sonhos" e aponta, por meio de um estudo de estatísticas, uma final entre Brasil e Espanha. Nossa seleção, segundo o estudo, tem 13,76% de chances de levar a melhor.
Vale lembrar que o Brasil não chama a atenção de O'Neill e seu time de analistas apenas pela qualidade do futebol. O país também é destaque no grupo das principais economias emergentes, que o próprio economista deu o nome de Bric - Brasil, Rússia, Índia e China. Dos países do Bric, o Brasil será o único a participar da Copa.
Para selecionar sua a seleção de estrelas, o Goldman Sachs contou com a ajuda dos clientes, que indicaram suas preferências. Os brasileiros Lúcio, Daniel Alves e Kaká integram a equipe e dividem o campo com o astro argentino Lionel Messi, o atacante inglês Wayne Rooney e o destaque de Portugal, Cristiano Ronaldo.
A chance de um destes jogadores ser o destaque da Copa é grande, mas as previsões não param por aí. Craques em lidar com probabilidades, os analistas do Goldman avaliaram o retrospecto de cada uma das equipes favoritas e apontam, além do Brasil, Espanha, Inglaterra e Argentina como os outros semifinalistas do torneio.
A escolha parece simples. A equipe de O'Neill explica que, já que existem apenas sete vencedores de Copas do Mundo (Brasil, Itália, Alemanha, Inglaterra, Argentina, Uruguai e França), é provável que uma lista dos quatro candidatos à taça comece por eles.
Espanha é uma estranha nesse grupo. Apesar de não ter conseguido nada melhor que um quarto lugar (em 1950), ela está entre as preferências dos torcedores, dos apostadores, e das probabilidades. Com um bom desempenho na Eurocopa 2008, e um elenco de estrelas, como o atacante Fernando Torres e o volante Xavi, a seleção aparece com 10,46% de chances de vencer a competição.
Para os mais céticos quanto às previsões do banco, Jim O'Neill avisa: "em nossa defesa, há o fato de termos acertado três dos quatro semifinalistas nas copas de 1998 e 2006".
Mesmo tendo os números como aliados, os analistas do Goldman Sachs reconhecem que o chavão "futebol é uma caixinha de surpresas" tem a sua força. "Como sempre, esperamos uma competição excitante, cheia de surpresas e jogos marcantes, tanto para favoritos quanto para os demais. Afinal, é o elemento inesperado que faz do futebol um esporte tão intrigante", conclui a análise do banco.
Confira as probabilidades das principais seleções conquistarem o título, segundo relatório do Goldman Sachs:
País | Probabilidade |
---|---|
Brasil | 13,76% |
Espanha | 10,46% |
Alemanha | 9,40% |
Inglaterra | 9,38% |
Argentina | 9,08% |
Holanda | 7,07% |
Itália | 6,46% |
França | 6,13% |