O governador de São Paulo, Alberto Goldman, defendeu que a investigação não cause atrasos nas obras do metrô (Valter Campanato/AGÊNCIA BRASIL/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 28 de outubro de 2010 às 14h45.
O governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), disse hoje que não se opõe à participação do Ministério Público Federal (MPF) na investigação de supostas irregularidades nos contratos de licitação dos lotes 3 a 8 da Linha 5 - Lilás da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô).
O tucano afirmou, no entanto que acredita no bom trabalho do Ministério Público de São Paulo (MP-SP). "Se o MPF entender que cabe a ele fazer isso (entrar nas investigações), não há problema nenhum. Mas temos a absoluta confiança no MP-SP, não há necessidade de chamar o FBI e a ONU (Organização das Nações Unidas)", ironizou.
Na opinião do governador, só haveria necessidade de participação do MPF caso tivesse envolvimento de recursos federais nas licitações. No processo, há recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) empenhados, o que abre a possibilidade da atuação do MPF no caso.
Goldman defendeu que a investigação seja rápida para que não haja comprometimento no prazo de entrega das obras. O governador disse que os contratos já foram assinados, mas que nada impede que sejam rescindidos.
"Se tivermos de romper esses contratos e reiniciar um processo licitatório, nós vamos ter meses ou anos de atraso na Linha 5. Isso é um prejuízo para todos", ponderou o governador, referindo-se à possibilidade de rescisão dos contratos.
Goldman disse que tem "a absoluta convicção que, dos agentes públicos, não há nenhuma responsabilidade nisso". "Acordos podem ser feitos entre os empresários e é isso que a gente tem de verificar se houve."