Mundo

Gleisi Hoffmann rejeita rótulo de 'trator' do governo

Em discurso de despedida no Senado, nova ministra da Casa Civil disse que sempre atuou promovendo o debate e o consenso

Gleisi Hoffmann durante seu discurso de despedida no Senado (Wilson Dias/ABr)

Gleisi Hoffmann durante seu discurso de despedida no Senado (Wilson Dias/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2011 às 15h55.

Brasília - Em seu discurso de despedida do Senado, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que assume hoje (8) o comando da Casa Civil da Presidência da República, negou o rótulo de ser um “trator” na defesa dos interesses do governo e disse esperar o apoio da Casa para desempenhar a nova função. Ela vai substituir Antonio Palocci, que deixou ontem (7) o cargo, após denúncias de suposto enriquecimento ilícito quando era deputado federal.

“Não considero essa a melhor metáfora [trator] para quem exerce a política e sempre se dispôs a debater, ouvir e construir consenso”, discursou Gleisi. “A manifestação democrática é o maior instrumento que temos para avançarmos no desenvolvimento do nosso país e acredito que o desfecho dela é a decisão da maioria. Gostaria de manter a convivência respeitosa que iniciamos nesta Casa.”

A senadora afirmou ainda reconhecer o peso de assumir a Casa Civil e disse estar preparada para o cargo. “Quis Deus, por intermédio da presidenta [Dilma Rousseff], que eu ficasse mais próxima para esse auxílio e tenho muita clareza dessa missão. A quem é muito é dado, muito será cobrado.”

Gleisi ressaltou que defendeu o governo no Senado não apenas por pertencer ao mesmo partido da presidente, mas também por acreditar no modelo “de desenvolvimento econômico inclusivo, no qual as pessoas são o objetivo maior”.

“A presidenta Dilma me confiou uma nova missão e vou cumpri-la, levando em conta muito do que aprendi no Senado. Assim como a presidenta, a minha caminhada tem uma razão de ser, que é a favor do Brasil e do seu futuro.”

A senadora paranaense também elogiou o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e os líderes do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), e do PT, Humberto Costa (PE). Gleisi ainda fez “deferência” à oposição, com a qual teve debates duros. “Mas prevaleceu sempre a convivência democrática. Viver exposta ao contraditório é condição da vida parlamentar e da vida democrática.”

Gleisi toma posse no cargo de ministra-chefe da Casa Civil às 16h, em cerimônia no Palácio do Planalto.

Acompanhe tudo sobre:CongressoGleisi HoffmannGovernoMinistério da Casa CivilPolíticaPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Mundo

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal

Xi Jinping inaugura megaporto de US$ 1,3 bilhão no Peru