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Gigantesca evacuação de 440 mil pessoas na Índia

A tempestade, que se encontra a cerca de 150 km da terra, pode alcançar a costa da Índia na primeira hora da noite de sábado, segundo as autoridades


	Indianos enfrentam chuva forte e fortes ventos no distrito de Srikakulam, com aproximação de ciclone
 (Afp.com / Manan Vatsyayana)

Indianos enfrentam chuva forte e fortes ventos no distrito de Srikakulam, com aproximação de ciclone (Afp.com / Manan Vatsyayana)

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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2013 às 13h39.

Bhubaneswar - Cerca de 440.000 pessoas foram evacuadas em dois Estados do leste da Índia antes da chegada do ciclone Phailin, cujos fortes ventos já começaram ser sentidos no país.

O ciclone, com ventos de até 240 km/hora, ameaça devastar na noite deste sábado os estados de Orissa e Andra Pradesh, na costa leste do país.

A tempestade, que se encontra a cerca de 150 km da terra, pode alcançar a costa da Índia na primeira hora da noite de sábado, segundo as autoridades.

"A muito poderosa tormenta ciclônica Phailin se deslocou de forma ameaçadora até a costa", declarou à AFP o encarregado especial pela ajuda humanitária em Orissa, Pradipta Mohapatra.

Em Orissa e em Andra Pradesh já se sentiam fortes ventos que derrubavam as árvores. Este ciclone pode se transformar no mais intenso dos últimos 14 anos nesta região da Índia, com uma alta das águas de até três metros.

As 440.000 pessoas, residentes nas zonas costeiras desses estados, foram evacuadas neste sábado, segundo um responsável da Agência Nacional de Catástrofes, Marru Shashidhar Reddy.

Os evacuados, lotavam ônibus e riquixás para abandonar suas casas com seus pertences e eram conduzidos a refúgios de emergência. Trata-se de um dos maiores movimentos de população organizados na Índia, disse este responsável.

Em Golpagur, na costa, mulheres e crianças foram os primeiros a se proteger em escolas, abrigos de urgência e edifícios públicos.

"O governo deu ordem de evacuar à força quem resistir", disse um responsável dos serviços de ajuda do estado de Orissa.


Cerca de 300 equipes de médicos do exército, de engenheiros e de especialistas em tarefas de socorro foram mobilizadas nas áreas de maior risco, acrescentou.

A Cruz Vermelha indiana também posicionou suas equipes de socorro e helicópteros e aviões do exército estão em alerta.

Em Visakhapatna, povoado costeiro de Andhra Pradesh, um pescador de 60 anos, Tonka Rao, prendia seu barco olhando as ondas com preocupação.

"Este barco custa 400.000 rúpias [cerca de 5.000 euros]. Não quero perdê-lo", disse à AFP.

"Me dá medo este Phailin. É como se o fim do mundo chegasse", declarou Apurva Abhijeeta, um estudante de Puri, em Orissa.

Nesses dois estados pobres ameaçados pela tormenta, muitos habitantes moram em barracos.

"Objetos grandes poderiam voar" com o vento, previu nesta sexta-feira Singh Rathore, diretor geral dos serviços meteorológicos.

Os cultivos, nesta região fortemente dependente de agricultura, poderiam ser arrasados, alertou.

O centro norte-americano de vigilância de ciclones, administrado pela Marinha, alertou que pode haver ventos de até 315 km/hora. O Tropical Storm Risk britânico classificou este ciclone na categoria mais perigosa.

O governo de Orissa, onde vivem 40 milhões de pessoas, fixou um objetivo de "zero vítima" e uma evacuação total nas zonas de risco.

Muitas lojas deste estado ficaram sem estoques porque as pessoas aproveitaram para fazer compras por precaução.

A área que será afetada pelo ciclone Phailin já foi atingida em 1999 por outro ciclone que provocou a morte de mais de 8.000 pessoas. Contudo, as autoridades acreditam estar melhor preparadas desta vez, graças a previsões mais acertadas e uma maior antecedência.

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