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Ghouta Oriental volta a ser bombardeada antes de votação da ONU

Pelo sexto dia seguido, aviões de guerra têm atacado a densamente povoada região agrícola e último reduto rebelde perto da capital síria, Damasco

Bombardeios na Síria (Bassam Khabieh/Reuters)

Bombardeios na Síria (Bassam Khabieh/Reuters)

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Reuters

Publicado em 23 de fevereiro de 2018 às 08h52.

Beirute - Mais bombas atingiram a região síria de Ghouta Oriental nesta sexta-feira, em um ataque descrito por uma testemunha como o pior até agora, antes de uma votação do Conselho de Segurança da ONU para pedir um cessar-fogo de 30 dias em toda Síria.

Pelo sexto dia seguido, aviões de guerra têm atacado a densamente povoada região agrícola e último reduto rebelde perto da capital síria, Damasco. O agravamento das violência deixou ao menos 417 mortos e centenas de feridos, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.

Organizações humanitárias dizem que aviões atingiram mais de uma dezena de hospitais, tornando impossível tratar os feridos.

O Observatório disse que aviões de guerra e artilharias de forças do governo sírio atingiram Douma, Zamalka e outras cidades da região nas primeiras horas desta sexta-feira.

Uma testemunha em Douma, que pediu para não ser identificada, disse por telefone que o bombardeio desta manhã foi o mais intenso até agora.

O Conselho de Segurança da ONU tem reunião marcada para esta sexta-feira em que deve votar uma resolução, apresentada por Kuweit e Suécia, que pede uma "cessão de hostilidades em toda Síria para todas as operações militares" por 30 dias para permitir a entrega de ajuda humanitária e retiradas de feridos.

A resolução não inclui os grupos militantes Estado Islâmico, Al Qaeda e Frente Nusra, que Rússia e Síria dizem estar atacando em Ghouta.

 

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