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Da Redação
Publicado em 28 de agosto de 2012 às 16h19.
Madri - A filha mais nova do rei da Espanha, Cristina, e seu marido, Iñaki Urdangarin, acusado de corrupção em seu país, deixaram Washington, onde viviam há três anos, para retornar a Barcelona.
Em comunicado enviado nesta terça-feira, o duque de Palma de Mallorca disse que pediu uma licença temporária do grupo Telefônica, onde trabalha.
O duque explicou que adotou a decisão "diante da possibilidade do procedimento aberto" contra ele na justiça influenciar de forma negativa a companhia.
O marido da infanta Cristina explicou que voltou com sua família para Barcelona "com a intenção de voltar a desenvolver com a companhia novas atividades no futuro" e disse que informou sobre a decisão à Casa do Rei.
A companhia Telefônica renovou em julho o contrato de trabalho do genro do rei Juan Carlos como delegado da empresa nos Estados Unidos, com um salário de 1,5 milhão de euros anuais.
Urdangarin está envolvido na Espanha em um caso de suspeita de desvio de fundos públicos na época que em dirigia a instituição Nóos.
Segundo a Promotoria Anticorrupção espanhola, Urdangarin e seu sócio Diego Torres receberam através da Nóos quase seis milhões de euros entre 2004 e 2007 graças a contratos com várias administrações públicas.
Urdangarin foi acusado em dezembro do ano passado de desvio de verbas públicas, falsificação de documentos, fraude e prevaricação.
Alguns dias antes, ele foi afastado pela Casa Real espanhola de todas as atividades oficiais da monarquia, que argumentou que Urdangarin teve comportamento "não exemplar".
Urdangarin, um ex-jogador de handebol, casou-se com a infanta Cristina, em 1997, com quem teve quatro filhos. O casal se mudou de Barcelona para os Estados Unidos em 2009, quando o duque de Palma de Mallorca foi nomeado delegado da Telefônica.