Posto de controle em Bagdá: mais de 6,6 mil pessoas morreram desde o começo do ano, segundo um balanço feito pela AFP (AFP)
Da Redação
Publicado em 21 de dezembro de 2013 às 14h36.
Cinco oficiais iraquianos, entre eles um general, e 10 soldados morreram neste sábado em um ataque a um esconderijo da rede Al-Qaeda no oeste do Iraque, informaram fontes militares.
Os cinco oficiais, entre eles o general Mohamed al-Karui, e 10 soldados perderam a vida no ataque a um "esconderijo da rede Al-Qaeda" a 380km de Bagdá.
No começo do ataque, combatentes suicidas armaram explosivos, e, quando os militares entraram nos prédios, objetos-bomba explodiram.
O Ministério da Defesa iraquiano informou em seu site que a operação contra a Al-Qaeda foi lançada após rumores de que "a rede extremista havia aberto campos para treinar mais de 60 terroristas na fabricação de bombas e cinturões de explosivos, bem como na preparação de carros-bomba".
O esconderijo ficava na província de Anbar, de maioria sunita, na fronteira com a Síria.
Uma das bombas causou a morte do general Karui, comandante da 7ª Divisão do Exército, e de alguns de seus auxiliares, segundo o comunicado.
O premier do Iraque, Nuri al-Maliki, comandante em chefe das Forças Armadas, afirmou, em uma mensagem de condolências, que os militares mortos "combatiam os criminosos e os inimigos de Deus e da Humanidade".
Maliki prometeu que o Exército e as forças de segurança "agirão com rigor contra os grupos de malfeitores, e irão liquidá-los, onde quer que estejam".
Em outros ataques realizados hoje, o chefe de polícia do povoado de Al-Sharqat, coronel Ahmad Al-Battawi, morreu e outros cinco agentes ficaram feridos na explosão de uma bomba no momento da passagem de sua patrulha, segundo uma fonte policial.
Em Faluja, quatro policiais morreram em uma série de ataques de rebeldes contra postos de controle, segundo fontes da segurança.
O ano de 2013 foi sangrento para o Iraque, onde os níveis de violência se aproximam dos de 2008, quando o país saía de uma guerra civil, após a invasão americana de 2003.
Mais de 6,6 mil pessoas morreram desde o começo do ano, segundo um balanço feito pela AFP com base em cifras divulgadas por fontes da segurança e médicas.