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Genebra mantém alerta por ameaça jihadista

A polícia suíça buscava desde quinta-feira em Genebra ao menos quatro pessoas vinculadas ao jihadismo, e a segurança se reforçou na cidade


	Segurança reforçada: "O objetivo principal é impedir um ato terrorista", explicou o procurador
 (Pierre Albouy / Reuters)

Segurança reforçada: "O objetivo principal é impedir um ato terrorista", explicou o procurador (Pierre Albouy / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2015 às 08h56.

Genebra seguia nesta sexta-feira em estado de alerta, enquanto prosseguiam as buscas a vários supostos jihadistas vinculados ao grupo Estado Islâmico, indicou à AFP a porta-voz do Departamento de Segurança.

"Até o momento não há nenhuma mudança na situação da segurança", disse Emmanuelle Lo Verso.

A polícia suíça buscava desde quinta-feira em Genebra ao menos quatro pessoas vinculadas ao jihadismo, e a segurança se reforçou na cidade em resposta a uma "ameaça terrorista", menos de um mês depois dos atentados de Paris.

Assim, a ameaça passou de "ambígua" a "precisa" em Genebra, sede de trinta organizações internacionais e da sede europeia da ONU.

O procurador-geral suíço anunciou em um comunicado que na quarta-feira abriu uma investigação penal "com base em uma ameaça terrorista na região de Genebra".

"O objetivo principal é impedir um ato terrorista", explicou o procurador.

Pierre Maudet, chefe do Departamento de Segurança de Genebra, tentou, no entanto, demonstrar calma.

"Não estamos na mesma situação que Bruxelas, e não podemos dizer que na quinta-feira fosse frustrado um atentado aqui", declarou o jornal Le Temps.

Após os atentados de Paris de 13 de novembro, que deixaram 130 mortos, a capital belga esteve durante quatro dias em alerta máximo por medo de um atentado iminente.

Segundo o Le Temps, a Confederação Suíça foi alertada pelos serviços de inteligência americanos, que identificaram três células jihadistas em Toronto, Chicago e Genebra.

Na imprensa foi divulgada uma foto de quatro indivíduos barbudos, com o dedo indicador para o alto, um gesto de lealdade à organização Estado Islâmico.

"Não conhecemos seu nome nem sabemos de onde eles vem, e parece que usam nomes de guerra", indicou uma fonte próxima à investigação citada pelo Le Temps.

Nesta sexta-feira está prevista em Genebra uma reunião sobre a Síria entre o enviado da ONU e os vice-ministros americano e russo das Relações Exteriores.

O encontro não será realizado na sede da ONU, vigiada por muitos guardas armados, mas em um local secreto, e não haverá nenhuma cobertura midiática, anunciou a ONU na quinta-feira.

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