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Gelo na Groelândia derrete 97% em julho e espanta até a NASA

Derretimento de gelo na superfície da Groenlândia no mês de julho é o maior já registrado nos últimos 30 anos. Surpresa, a agência espacial chegou a suspeitar de falha na medição

Em 8 de julho, cerca de 40% da camada de gelo (em branco) havia derretido (rosa escuro); apenas quatro dias depois, quase todo o gelo havia sumido (Divulgação/ Nasa)

Em 8 de julho, cerca de 40% da camada de gelo (em branco) havia derretido (rosa escuro); apenas quatro dias depois, quase todo o gelo havia sumido (Divulgação/ Nasa)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 26 de julho de 2012 às 18h07.

São Paulo - Cientistas da agência espacial americana NASA levaram um susto ao verificar imagens dos satélite que monitoram o derretimento de gelo na superfície da Groelândia. Captadas no mês de julho, em pleno verão europeu, elas mostram que 97% da cobertura de gelo desapareceu num ritmo sem precedente para o período. A perda é a maior já registrada nos últimos 30 anos.

Os mapas mostram que em 8 de julho, cerca de 40% superfície da camada de gelo havia derretido. Apenas quatro dias depois, quase todo o gelo havia sumido. O declínio radical alarmou os cientistas, aprofundando os temores sobre o ritmo e as consequências futuras das mudanças climáticas.

Em comunicado postado no site da NASA, os cientistas admitiram que os dados eram tão supreendentes que eles chegaram a pensar que houve erro técnico na medição.“Este cenário era tão extraordinário que no começo eu questionei o resultado: foi realmente isto ou houve um erro de dados?”, disse Son Nghiem, analista da Agência.

Em média, durante o verão, cerca de metade da superfície de gelo da Groenlândia derrete naturalmente. Em altitudes elevadas, a maior parte da água rapidamente recongela e volta ao lugar. Segundo o comunicado, os pesquisadores ainda não determinaram se este evento afetará o volume global de perda de gelo e se contribuirá para a elevação do nível do mar.

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